Em carta, servidores denunciam assédio na Secretaria de Infraestrutura do Município de Patos e pedem ajuda ao Ministério Público  

A redação do Polêmica recebeu uma carta denunciando situação de assédio trabalhista e abuso de poder que estaria ocorrendo na Secretaria de Infraestrutura do Município de Patos. De acordo com […]



A redação do Polêmica recebeu uma carta denunciando situação de assédio trabalhista e abuso de poder que estaria ocorrendo na Secretaria de Infraestrutura do Município de Patos.

De acordo com relatos confirmados, o prefeito Nabor Wanderley tem conhecimento dos fatos. Os próprios servidores falaram com o prefeito em reunião destinada para tratar do assunto, porém, até agora, nada teria mudado.

Veja a carta na íntegra:

“Denúncia de assédio moral e abuso de autoridade.

Há mais de 6 meses, os servidores públicos da SEINFRA estão sofrendo inúmeros abusos por parte de alguém chamado Taioca com aval do secretário de Infraestrutura José Bonfim e do prefeito Nabor Wanderley.

A situação está insustentável a ponto de os funcionários estarem adoecendo física e mentalmente diante de gritos e xingamentos sem nenhum motivo aparente. 

Há 6 meses foi colocado de forma autoritária e arrogante os 2 horários para os funcionários do cargo de pedreiro, servente, pintor e eletricista e a desculpa do secretário Bonfim para isso é que somos “preguiçosos”, ofensa essa feita pessoalmente para toda nossa turma, talvez por sermos do cargo fundamental incompleto e achar poder dizer o que quiserem conosco que ficará tudo por isso mesmo.

O sindicato foi acionado e foi bem eficiente em sua atuação, mas infelizmente nem o secretário e nem mesmo prefeito Nabor tiveram interesse em resolver a situação, ao ponto de dizerem que é melhor para nós trabalhar a tarde e não precisamos ficar só um horário como o pessoal do administrativo que ficam em suas salas confortavelmente em ar-condicionado.

Vale lembrar que nosso concurso foi feito para os 2 horários ou 1 horário corrido conforme decisão da gestão, porém apenas nossa turma está nessa situação diante de toda a prefeitura de Patos. Quem trabalha os 2 horários em outros cargos, ou mesmo nos nossos, recebe gratificação ou hora extra por isso.

Depois dessa implementação, o fiscal chamado de Taioca começou a agir como um verdadeiro “capitão do mato” perseguindo e fazendo pouco dos servidores do quadro efetivo, e também os contratados e comissionados, tanto que um colega nosso servente de pedreiro era coordenador e foi retirado da sua função por ser “bom demais” para os funcionários efetivos.

Virou comum mandar colocar falta em situações justificadas, como reuniões no sindicato, com o prefeito, casos de doença e atestado médico e mesmo declarações de estudo como uma forma de coibir e assustar os servidores para que esses não procurem pelos seus direitos. Não temos quentinha, apenas para os contratados, estamos com atrasos de meia e até 1 hora para nos buscarem nos locais em que realizamos serviços e os mesmos não dão respostas.

Para concluir, venho lamentar que nossa saúde física e mental esteja se deteriorando a cada dia, e que o silêncio do Ministério Público e órgãos competentes é assustador para nós. É óbvio que essa perseguição toda é devido a nossos cargos não terem prestígio social e os mesmos acharem que não valemos nada por isso, nos tratam feito lixo, a escória da sociedade e queremos apenas exercitar nossa função da melhor forma para a população de Patos e a prefeitura está nos impedindo disso.

Venho lamentar também pela perseguição aceita pelo prefeito Nabor Wanderley. Ele sabe de toda a situação e soube em 3 reuniões que relatamos os absurdos, mas mesmo assim faz pouco de nossa situação dizendo que vai “conversar” com o secretário e nada é resolvido, pelo contrário, a perseguição e o assédio vêm piorando após essas reuniões.

PEDIMOS SOCORRO E EM NOME DE DEUS, QUE TENHAM MISERICÓRDIA DA GENTE, NÃO SUPORTAMOS MAIS.”


Edição: Jozivan Antero – Polêmica Patos