Exportações brasileiras e paraibanas apresentam crescimento no primeiro semestre de 2023

As exportações brasileiras registraram alta no primeiro semestre de 2023, conforme apontam os dados atualizados da balança comercial brasileira, divulgados nesta sexta-feira (07/07) pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e […]



As exportações brasileiras registraram alta no primeiro semestre de 2023, conforme apontam os dados atualizados da balança comercial brasileira, divulgados nesta sexta-feira (07/07) pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).

Nos primeiros seis meses do ano, as exportações totalizaram US$ 165,68 bilhões e as importações, US$ 120,62 bilhões, com uma corrente de comércio de US$ 286,29 bilhões. Esses números indicam um crescimento de 1% nas exportações, ante uma queda de 7,1% nas importações, em relação ao mesmo período do ano passado. Com isso, a balança comercial registrou um superávit de US$ 45,07 bilhões, o que representa um crescimento de 31% frente ao superávit de US$ 34,4 bilhões registrado no mesmo período de 2022.

A soja, que apresentou crescimento de 9,7% na venda para o exterior durante o período, continua sendo o principal produto exportado pelo país, somando um montante de US$ 33,4 bilhões, o que corresponde a 20% das exportações brasileiras. Outros produtos como os óleos brutos de petróleo (11,3%), minério de ferro (8,2%), farelo de soja (3,7%) e combustíveis (3,3%) formam o top 5 dos principais produtos exportados pelo país.

A China continua sendo, de longe, o principal destino das exportações brasileiras. O país asiático importou, no período, o montante de US$ 49,9 bilhões. Esse valor corresponde a 30,1% das vendas brasileiras para o exterior. Em seguida aparecem os Estados Unidos (10,4%), Argentina (5,7%), Países Baixos (3,6%) e Singapura (2,7%) como os principais destinos das exportações brasileiras no primeiro semestre do ano. Dentre os parceiros comerciais, destaca-se a Argentina, cujas compras do Brasil subiram 26,3%, puxadas em parte pela seca que afeta a produção no país. Já a União Europeia teve queda de 7,9% no valor importado do Brasil.

As exportações do estado da Paraíba seguiram a tendência das exportações nacionais e fecharam o semestre com o valor de US$ 95,8 milhões, um crescimento de 35,9% em relação ao mesmo período do ano anterior. Esse valor corresponde a 0,06% das exportações nacionais e, apesar do incremento, a Paraíba se mantém ocupando o 25º lugar no ranking das exportações entre as unidades federativas, à frente dos estados de Sergipe (26º) e Acre (27º).

Já as importações apresentaram queda de 17% e totalizaram US$ 460,8 milhões no primeiro semestre do ano. Dessa forma, a Paraíba se mantém no 18º lugar do ranking, representando 0,4% de participação nas importações do país. Assim, mesmo com a avanço das exportações e o recuo das importações, a balança comercial do estado registrou um déficit de US$ 365 milhões no período.

Os calçados continuam sendo o principal produto exportado, representando 42% de todas as exportações do estado. Açúcares e melaços (18%), álcool (14%), minérios (6,7%) e sucos de frutas (4,0%) fecharam o top 5 dos principais produtos exportados. Espanha (18%), Gana (9,1%), França (7,0%), Portugal (6,8%) e Estados Unidos (6,4%) foram os principais destinos das exportações paraibanas no semestre.

Em relação aos principais municípios exportadores, Cabedelo ocupa a primeira posição, representando 32,5% das exportações do estado, seguido por Campina Grande (27,9%), Santa Rita (12,2%), Mamanguape (7,7%) e Pedras de Fogo (6,8%). Dos 223 municípios paraibanos, apenas 27 registraram alguma operação de exportação no primeiro semestre de 2023, sendo que importantes municípios do estado, como Patos, relevante centro comercial e principal cidade do sertão paraibano; e Cajazeiras, importante centro comercial situado na extremidade ocidental paraibana, não registraram exportações no período.


Ricardo Medeiros – Internacionalista