96% dos mortos pela Covid 19 são de pessoas que não se vacinaram contra a doença no Brasil

O avanço da vacinação contra a Covid 19 no Brasil mostrou que a ciência e a biotecnologia venceram o chamado negacionismo e está salvando milhares e milhares de vidas. Em […]



O avanço da vacinação contra a Covid 19 no Brasil mostrou que a ciência e a biotecnologia venceram o chamado negacionismo e está salvando milhares e milhares de vidas. Em estudo feito por pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP), em parceria com outras instituições, revelou que 96% dos que perderam a vida contra a doença não haviam tomado nenhuma dose dos imunizantes disponibilizados pelo Sistema Único de Saúde.

A pesquisa foi feita com base em números do Ministério da Saúde a partir de 28 de fevereiro de 2021, quando as primeiras pessoas completaram o esquema vacinal após receberem a segunda dose, até 27 de julho. O indicador corresponde a 3,68% do total de mortes por Covid-19 no mesmo período.

Esses dados confirmam que a vacinação contra a Covid-19, seja com o imunizante que estiver disponível, contribui radicalmente para reduzir o número de casos graves, internações e mortes causadas pela doença, mas não protegem contra a infecção e não impedem que o vírus seja transmitido. Ou seja, enquanto o SARS-CoV-2 continuar circulando livremente como acontece hoje no país, as pessoas vão continuar ficando doentes e nem todos vão resistir à infecção – mesmo estando vacinados.

“A grande preocupação no momento é atingir o máximo possível de imunização da população e com a maior velocidade possível. Esse é o objetivo atual. Com isso, você garante frear a pandemia”, explica a diretora do Centro de Desenvolvimento e Inovação do Butantan, Ana Marisa Chudzinski.

Apesar da forte campanha desencadeada pelo próprio presidente do Brasil para que as pessoas não se vacinassem, o presidente Bolsonaro não conseguiu impedir e a grande maioria do povo buscou tomar algum dos imunizantes disponíveis pelo SUS. Outro fator foi a determinação dos governadores e dos secretários de saúde dos Estados para garantir a logística necessária para o direito de se vacinar e a pressão feita por cidadãos conscientes de que vacinas salvam vidas.


Jozivan Antero – Polêmica Patos