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Um homem de 50 anos de idade foi preso na noite dessa terça-feira (17) em Campina Grande suspeito de estupro de vulnerável. A vítima seria a enteada dele, uma menina de 12 anos de idade, e a denúncia que resultou na prisão partiu do irmão dela.
Segundo a denúncia, o crime foi descoberto por acaso. O irmão da vítima revelou que ficou responsável por realizar um conserto no celular do padrasto, e que quando realizou o serviço encontrou imagens da sua irmã sendo abusada pelo suspeito.
O jovem, então, acionou a Polícia Militar da Paraíba e comunicou o crime a sua mãe. Quando a viatura chegou, foi a mãe da menina quem autorizou a entrada dos policiais na residência.
O celular do homem foi apreendido e, constatado de fato a presença das imagens, o suspeito foi preso em flagrante.
Ele foi levado para a Central de Polícia de Campina Grande, onde passou pelos procedimentos cabíveis e vai permanecer à disposição da justiça.
O caso agora passa a ser investigado pela Polícia Civil da Paraíba.
Violência Sexual em números no Brasil
Em 2024, foram registradas quase 630 mil denúncias relacionadas à violência sexual desse público no Brasil. Na Paraiba, foram registradas 8.907 e em Patos, 161 denúncias até o dia 05 de dezembro. Os números são do Painel de Dados da Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), os dados mostram que, no Brasil, 320 crianças e adolescentes são exploradas sexualmente a cada 24 horas. O número pode ser ainda maior, já que apenas sete em cada 100 casos são denunciados. O estudo ainda esclarece que 75% das vítimas são meninas e, em sua maioria, negras.
Um dos grandes impasses diante das violências é a identificação e denúncia desses crimes já que muitos casos permanecem ocultos devido ao medo e à manipulação por parte dos agressores, que, em sua maioria, são pessoas próximas ou de confiança das vítimas.
Segundo especialistas, a falta de preparo de profissionais para lidar com vítimas de trauma, a lentidão dos processos judiciais e a baixa taxa de condenação dos perpetradores contribuem para a perpetuação da impunidade.
O estigma e a revitimização durante o processo judicial, devido a procedimentos que não são sensíveis à condição de crianças e adolescentes, também são barreiras adicionais que desencorajam novas denúncias e a busca por justiça.
Observar é uma forma de combater a violência, segundo a integrante do Instituto DH. Fatores , Elenir Braga. Mudança comportamental, alteração de humor, vergonha excessiva e relatos de medo constante são alguns indícios.
Confira formas de denunciar a violência sexual contra crianças e adolescentes:
Disque 100 – ligação gratuita
WhatsApp (61) 99611-0100 ou Telegram. O serviço também dispõe de atendimento na Língua Brasileira de Sinais (Libras)
CRAS – Centro de Referência de Assistência Social
CREAS – Centro de Referência Especializado de Assistência Social
CT – Conselhos Tutelares
Escolas em geral
Delegacias Especializadas de Proteção à Criança e ao Adolescente
Site da Ouvidoria (ONDH)
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