
O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB) recebe, neste domingo (8), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, em uma reunião na residência oficial da Câmara para apresentação das alternativas formuladas pela equipe econômica sobre a revisão do aumento do IOF.
Segundo a Agência Brasil, Haddad já havia sinalizado que parte do decreto pode ser revista, a depender da viabilidade fiscal das medidas que serão apresentadas ao Congresso.
“Preciso de pelo menos parte das medidas para rever o decreto. Tenho a Lei de Responsabilidade Fiscal, o arcabouço [fiscal], uma série de constrangimentos legais que me impõem uma obrigação que tenho que cumprir. No que diz respeito ao ano que vem, temos liberdade. No que diz respeito a esse ano, preciso aguardar uma reunião com os líderes para uma definição definitiva”, declarou o ministro na terça-feira (3).
Durante evento com empresários e políticos no Guarujá (SP), nesse sábado (8), Hugo defendeu um debate sobre os benefícios fiscais concedidos no país. Para ele, o atual volume de isenções se tornou insustentável:
“Isenções essas que chegam a um número não mais possível de suportar pelas contas do nosso país. Isenções essas que não têm o mínimo de acompanhamento sobre o retorno e a contrapartida que deve ser dada por quem as recebe à nossa sociedade e à nossa população”, declarou.
Ele ainda voltou a defender a necessidade de uma reforma administrativa: “Modernizar para que, ao menor custo, se consiga entregar serviços de mais qualidade à nossa população. É essa, sem dúvida alguma, a principal missão dessa reforma administrativa que queremos para o Estado brasileiro”.
Motta não descartou colocar em pauta na próxima terça-feira (11) o Projeto de Decreto Legislativo (PDL) que visa sustar o decreto do governo que elevou as alíquotas do IOF. A decisão, segundo ele, dependerá do conteúdo apresentado na reunião de domingo.
“Vamos amanhã, após a apresentação das medidas do governo, decidir sobre o PDL [projeto de decreto legislativo], que pode entrar na pauta na próxima terça-feira”, afirmou.
Portal WSCOM