G1
A filha suspeita de mandar matar o pai por causa de uma herança avaliada em R$ 3 milhões afirmou à polícia que o marido foi o responsável por organizar o crime, segundo o delegado Peterson Amin. De acordo com o investigador, ela alegou que não o denunciou por medo. A mulher e o marido foram presos em Campos Verdes, no norte de Goiás.
Conforme a polícia, a herança incluía 20 alqueires de terra, 110 cabeças de gado, quatro imóveis em Campinorte e uma quantia em dinheiro em conta bancária. A filha da vítima era a única herdeira. O delegado Peterson Amin disse a reportagem que não acredita na versão apresentada pela mulher e afirma que ela também está envolvida no crime.
A prisão ocorreu na sexta-feira (20), em Campos Verdes. Segundo as investigações, o crime foi cometido em 1º de abril, na zona rural de Campinorte. Após o homicídio, conforme o delegado, a mulher tentou movimentar o dinheiro do pai na conta bancária e chegou a vender cabeças de gado cerca de três meses depois da morte dele.
A reportagem entrou em contato com a Defensoria Pública, registrada no sistema do Tribunal de Justiça de Goiás como representante da defesa dos acusados, às 19h30 de domingo (22). No entanto, não houve retorno até a última atualização desta reportagem.
Segundo a Polícia Civil, o pai da suspeita foi morto em uma emboscada após ser abordado por três homens enquanto pilotava uma motocicleta. Ele foi atingido por dois tiros. De acordo com a polícia, a filha e o genro contrataram um executor com a promessa de pagar o valor de R$ 20 mil. Esse homem, por sua vez, contratou outros dois comparsas para realizar o crime.
O homem contratado pelo casal para cometer o crime está foragido da Justiça, conforme a Polícia Civil. A reportagem não localizou a defesa dele e dos outros suspeitos até a última atualização da reportagem.