O superintendente da Polícia Civil, Marcelo Ivo de Carvalho, disse nesta quarta-feira, dia 7, que o candidato que teria sido beneficiado com o esquema de compra de votos por meio da entrega de cestas básicas não foi eleito, mas pode ser responsabilizado por crime eleitoral, se ficar comprovado a sua participação.
Sem citar nomes, o delegado disse que o ex-candidato pode pegar até quatro anos de prisão, caso seja condenado.
As informações foram dadas durante coletiva sobre a Operação ‘Pão de César”, deflagrada hoje com o objetivo de aprofundar investigações relativas a esquema de compra de votos por meio da entrega de cestas básicas na cidade de Patos e vincular ocupantes do topo da cadeia criminosa aos crimes apurados.
Foram cumpridos três mandados de busca e apreensão, expedidos pela 28ª Zona Eleitoral, nas cidades de Patos, Aparecida e João Pessoa, que resultaram na apreensão de documentos e mídias eletrônicas que serão agora submetidos à perícia para subsidiar as investigações em andamento.
Marcelo Ivo disse que os três mandados foram cumpridos. O primeiro estava relacionado a uma mulher, dona de um caminhão que supostamente estava transportando pessoas para votação no primeiro turno das eleições.
O segundo mandado está relacionado a uma pessoa apontada supostamente como responsável por aliciar pessoas no esquema de compra de votos.
O terceiro mandado teve como alvo a pessoa que locou um dos carros utilizados para transportar as cestas básicas.
Até o momento ninguém foi preso, havendo apenas cumprimentos de mandados de busca e apreensão.
Toda a investigação será repassada à Justiça Eleitoral, pois apesar de não ter sido eleito, o candidato recebeu votos, e caberá a Justiça Eleitoral decidir se os votos serão ou não anulados.
Parlamento PB