Patos deve reconhecer o ato heroico da avó que salvou o neto do incêndio e pagou com a própria vida

No sábado, dia 1 de junho, por volta das 20h00, no Bairro Santa Clara, em Patos, um incêndio iniciou-se na residência de Francisco Janailson e de Kelly Ketyly. O casal […]



No sábado, dia 1 de junho, por volta das 20h00, no Bairro Santa Clara, em Patos, um incêndio iniciou-se na residência de Francisco Janailson e de Kelly Ketyly. O casal havia iniciado uma discussão que acabaria em uma tragédia sem precedentes e que mudaria os rumos da família. 

O fogo pode ter começado quando Kelly, em um momento inimaginável e perda da sanidade, ateou fogo numa poltrona usando álcool. Esse fato é denunciado pela irmã e pela mãe de Janailson.

A mãe de Kelly, a senhora Maria Faustino Lucena, de 58 anos, estava em casa quando soube do incêndio. Mesmo distante, Maria Faustino tomou a decisão de correr com todas as suas forças até chegar na casa em chamas. Sem medir a dimensão do perigo, ela entra na casa, vai até o quarto e consegue resgatar o seu neto de 1 ano e 4 meses, que estava indefeso diante das chamas que se alastraram.

O ato heroico seria pago com a sua própria vida diante das sequelas deixadas pelo fogo e a fumaça inalada. Maria Faustino foi socorrida pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), depois deu entrada no Hospital Regional de Patos e depois teve que ser transferida para o Hospital de Emergência e Trauma de Campina Grande, porém, na tarde desta quarta-feira, dia 04 de junho, ela foi a óbito em consequência da gravidade do caso.

A avó salvou o neto, viu a filha com graves queimaduras e, de acordo com relatos, perguntava a todo instante como estavam os dois naquele momento de profundas reflexões sobre as dores físicas e mentais. Agora, diante do ocorrido, a cidade de Patos deve reconhecer que o ato foi mesmo de amor e heroísmo.

Jozivan Antero – Polêmica Patos