Em Patos, jovem usuário de drogas que vive em situação de rua conta a sua história e diz que busca sair do vício – Veja vídeo!

Em um ambiente insalubre, a mercê dos dias intranquilos, com um futuro incerto e vivendo com pouca perspectiva, o jovem Marcelo de Lima Freire, de 25 anos, estava deitado em […]



Em um ambiente insalubre, a mercê dos dias intranquilos, com um futuro incerto e vivendo com pouca perspectiva, o jovem Marcelo de Lima Freire, de 25 anos, estava deitado em meio ao lixo no prédio abandonado onde funcionou a Escola Especial Irmã Benigna, no centro de Patos, quando conversou com a reportagem do Polêmica.

Marcelo Freire terminou o ensino médio na Escola Estadual Auzanir Lacerda, no Jardim Lacerda, em Patos. O jovem trabalhou alguns anos em Brasília, onde teve o primeiro contato com as drogas. Ele voltou para a sua cidade natal e faz cerca de 5 anos que vive em situação de rua, sobrevivendo da coleta de produtos recicláveis e da ajuda de pessoas.

O jovem relatou que é viciado em crack, droga que foi disseminada no Brasil no final da década de 80. Marcelo disse que começou a usar o crack quando tinha uns 20 anos e, desde então, perdeu o controle e entrou em situação de dependência total, ao ponto de ter que sair do convívio familiar por vergonha.

Magro, com voz cansada, o olhar vazio e buscando explicar a situação, Marcelo falou à reportagem de forma sincera. Perguntado como se alimenta, o jovem disse que ao encontrar alimentos no lixo, acaba comendo diante da fome.

Marcelo Freire relatou que perdeu os pais ainda criança. Ele se queixou da falta de emprego para pessoas que vivem na mesma situação dele, ou seja, viciados. O jovem se queixou da falta de uma estrutura melhor que possa oferecer tratamento para sua dependência química.

Recentemente, durante discussão com outro usuário, Marcelo foi ferido no pescoço com uma faca. Diante do ferimento, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) foi acionado e o jovem foi submetido a uma cirurgia no Hospital Regional de Patos.

“…eu já procurei ajuda aqui em Patos, e é precária, mas eu me vejo na frente livre do uso do crack e de outros entorpecentes e, talvez, procurando ajudar até outras pessoas que tinham ou têm o mesmo vício que eu…”, comentou Marcelo.

Ouça entrevista:

Jozivan Antero – Polêmica Patos