Em Patos, família aciona SAMU após criança apresentar crise que pode ser ocasionada por uso excessivo de celular 

Equipes do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) foram acionadas por familiares da garotinha J.A.F, de 9 anos, após a menina apresentar sintomas de desconforto respiratório, perda de força […]



Equipes do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) foram acionadas por familiares da garotinha J.A.F, de 9 anos, após a menina apresentar sintomas de desconforto respiratório, perda de força nos braços e pernas, além de crise nervosa. 

O caso aconteceu na tarde desta quarta-feira, dia 19 de março, no Bairro Liberdade, em Patos. A garotinha teve os sinais vitais averiguados pela equipe do SAMU, composta por enfermeira, médico residente e condutor de ambulância. Todos os sinais apresentaram normalidade.

Nos últimos anos, diante do uso excessivo de telas, principalmente celulares, várias crianças, adolescentes e jovens têm apresentado crises de ansiedade, depressão, transtorno de sono e de déficit de atenção e hiperatividade, dependência digital, dentre outros problemas.

Após orientações, a pequena J.A.F foi deixada aos cuidados da família. A avó confessou que a neta usa muito o celular e vem enfrentando problemas. A mãe e o pai também estavam presentes e ouviram os relatos dos profissionais de saúde.

Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) dá algumas dicas:

  • Crianças com menos de 2 anos: não devem ser expostas às telas;
  • Crianças entre 2 e 5 anos: devem limitar-se a 1 hora diária de exposição às telas, sempre com a supervisão de adultos;
  • Crianças entre 6 e 10 anos: limitar o tempo ao máximo de 1 ou 2 horas por dia, sempre com supervisão;
  • Adolescentes entre 11 e 18 anos: limitar o tempo de telas e videogames a no máximo 2 ou 3 horas diárias. Não permitir que adolescentes “virem a noite” jogando;
  • Para todas as idades: nunca permitir o uso durante as refeições e sempre desligar as telas 1 ou 2 horas antes de dormir;
  • Oferecer atividades ao ar livre que privilegiem exercícios físicos e contato com a natureza;
  • Criar regras saudáveis para o uso de equipamentos e aplicativos digitais, além de senhas e filtros de acordo com a idade;
  • Incluir na rotina momentos de desconexão e interação familiar que sejam respeitados por todos os membros da família;
  • Não permitir que as crianças e adolescentes fiquem isolados nos quartos com televisão, computador, tablet, celular, smartphones ou com uso de webcam; estimular o uso nos locais comuns da casa;
  • Encontros com estranhos devem ser sempre evitados, sejam online ou off-line. Pais e cuidadores devem saber com quem as crianças e jovens estão jogando ou interagindo;
  • Conteúdos com teor de violência, pornografia, abusos, exploração sexual, nudez devem ser denunciados.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) também estabeleceu diretrizes para pais controlarem o uso de aparelhos digitais. Assim como a SBP, a OMS não recomenda que crianças com menos de 2 anos usem aparelhos eletrônicos e digitais.

Tirar os jovens das telas não é fácil, mas os dados deixam cada vez menos dúvidas de que é tarefa essencial. Criar regras e condições para isso deve ser função dos adultos.

Jozivan Antero – Polêmica Patos

Informações complementares da coluna do Dr. Dráuzio Varella