Trabalhador detalha esquema de “rachadinha” com horas extras fictícias na Secretaria de Infraestrutura do Município de Patos

Na manhã desta quinta-feira, dia 06 de fevereiro, o operador de máquinas Francisco Soares Félix procurou a jornalista Wânia Nóbrega, da Rádio Espinharas FM, para denunciar um possível esquema de […]



Na manhã desta quinta-feira, dia 06 de fevereiro, o operador de máquinas Francisco Soares Félix procurou a jornalista Wânia Nóbrega, da Rádio Espinharas FM, para denunciar um possível esquema de rachadinha com horas extras fictícias que estaria ocorrendo na Secretaria de Infraestrutura do Município de Patos (SEINFRA).

Francisco Soares relatou que o esquema de rachadinha é realizado pelo gerente de obras da SEINFRA, identificado pelo denunciante por “Taioca”. O trabalhador deu detalhes e disse que o gerente criava horas extras fictícias e quando o dinheiro entrava na conta do trabalhador era devolvido em mãos ao gerente. O trabalhador chegou a perguntar se o gerente queria que se fizesse PIX do dinheiro extra, mas este sempre optava por receber em cédulas. 

Outra questão denunciada é que Francisco Soares não é o operador de máquinas e a função estaria no contracheque, seria para facilitar a criação de horas extras para gerar pagamentos indevidos para depois ser devolvido ao gerente Taioca. Francisco acabou deixando a entender que outros servidores contratados se submetem ao esquema para não perder o emprego.

Francisco também relatou assédio moral por parte do gerente de obras, tanto com o próprio trabalhador e de outros da SEINFRA. 

Wânia Nóbrega levou o caso ao conhecimento do secretário da SEINFRA, Junior Bonfim. O secretário disse que não tinha conhecimento do fato e disse que tomará as providências para que tudo seja esclarecido e procurou a Procuradoria do Município de Patos para que o trabalhador prove a denúncia.

A prática de “rachadinha” é crime, mas não há, no Código Penal, um artigo específico que restrinja a conduta. Por outro lado, ao realizar a “rachadinha”, tanto o político quanto o servidor que consente com a prática podem ser qualificados em crimes como peculato, concussão e corrupção passiva. O enquadramento legal varia de caso a caso. (fonte CNN)

Ouça o trabalhador:

Jozivan Antero – Polêmica Patos