“A dignidade social é um princípio fundamental para a construção de uma sociedade justa e igualitária. Ela é a base para os demais direitos fundamentais, como o direito à educação, à saúde, à moradia, ao trabalho, entre outros…”
A dignidade social vem sendo procurada pela senhora Francisca Vieira de Sousa, 56 anos, que tem três filhos e reside na Avenida Gaspar, no Bairro Alto da Tubiba, em Patos. Francisca é analfabeta e teve o marido assassinado quando os filhos ainda eram pequenos.
A mãe cuida de dois filhos que moram na casa simples, sendo que Fernando Vieira de Sousa, de 20 anos, enfrenta uma grave anemia e faz tratamento de tuberculose. A doença do rapaz pode ser decorrente da fome e das próprias condições de sobrevivência precária da família.
O filho mais velho de Francisca faz tratamento no Centro de Atenção Psicossocial (CAPS). O jovem tem transtorno mental e as crises são controladas por meio de medicação controlada. O filho mais novo da família é cuidado por uma amiga que se dispôs a ajudar e adotou o garoto ainda criança.
Recebendo R$ 650,00 do Bolsa Família, Francisca paga o aluguel de R$ 250,00, a energia com média de R$ 100,00 e o que sobra é para aquisição de alimentos básicos. Os móveis da casa se resumem a uma geladeira, um ventilador precário, um armário velho e duas camas, os demais itens são restos doados.
A família cozinha em um fogareiro com lenha que Francisca recolhe nas imediações do bairro. Uma amiga fez doação de um fogão a gás, porém, além de ser velho e com problemas, ainda falta o botijão. A dispensa da família tem alguns alimentos e faz meses que não se come frutas ou verduras.
A medicação usada por Fernando é fornecida pelo Sistema Único de Saúde (SUS), por meio da Farmácia Básica do Município. O jovem tem constantemente sido internado quando a saúde está muito debilitada. Na última entrada no Hospital Regional de Patos, Fernando precisou tomar duas bolsas de sangue.
O único ventilador da residência não tem velocidade e a mãe mostrou o corpo de Fernando com marcas de picadas de muriçocas. A família não dispõe de celular e o aparelho que tem está sem chip diante da falta de recursos para comprar.
A reportagem conversou com Francisca Vieira que relatou a situação. Aqueles que se dispuserem a ajudar podem fazer contato com a redação do Polêmica pelo telefone (83) 9 8816 9898.
Ouça Francisca:
Jozivan Antero – Polêmica Patos
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