Em Patos, Hospital Regional descumpre Lei Estadual, retém macas das ambulâncias do SAMU e gera problemas para socorristas 

O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) se tornou imprescindível nos momentos do socorro às vítimas que precisam de atendimento imediato nos casos de urgência e emergência em saúde. Em Patos, o órgão dispõe de seis ambulâncias, sendo duas de Unidade de Suporte Avançado (USA) e quatro de Unidade Suporte Básico (USB).

Conforme a Lei Estadual 9.608, de 21 de dezembro de 2011, “fica proibida a retenção de macas do SAMU e de outras unidades móveis hospitalares de atendimento de urgência pública, nos hospitais, clínicas ou congêneres, para os quais os pacientes socorridos são encaminhados…”.

Tal lei, de forma constante, vem sendo descumprida pelo Hospital Regional de Patos. A retenção das macas vem causando graves problemas no SAMU/Patos, que vem ficando sem possibilidade de realizar atendimento diante das ambulâncias terem suas macas retidas no hospital.

Um dos problemas para a retenção de macas tem sido a superlotação do Hospital Regional de Patos e mesmo a falta de macas do próprio hospital para receber os pacientes e liberar as que são das ambulâncias, que precisam realizar outras ocorrências.

A retenção de macas das ambulâncias está obrigando o diretor do SAMU/Patos a tomar medidas mais drásticas e desgastantes para as equipes de socorristas. As equipes devem esperar no hospital até que a maca seja liberada, antes a ambulância poderia se deslocar para a base do órgão, no Bairro São Sebastião, mas isso gerou problemas, pois a população acionava o serviço e as ambulâncias no pátio não podiam se deslocar.

Alguns cidadãos, revoltados com o não envio de socorro, estavam indo até a base do SAMU e ao ver as ambulâncias estacionadas achavam que era por simples negativa de envio por não saber que as viaturas estavam sem macas.

As equipes e demais servidores do SAMU estavam sendo ameaçados. Em decorrência disso, o diretor do órgão vai determinar que os socorristas permaneçam no hospital e não mais voltem para base.

A reportagem do Polêmica tentou contato com Francisco Guedes, diretor-geral do Complexo Hospitalar Regional, mas não obteve êxito.

Jozivan Antero – Polêmica Patos