A desigualdade social, o enfraquecimento das políticas públicas, desemprego, inflação e a economia voltada para setores abastados têm levado a números vergonhosos no Brasil. Estima-se que mais de 33 milhões de pessoas enfrentam grave situação de insegurança alimentar e, de acordo com pesquisa DataFolha, um em cada três brasileiros disseram não ter comida suficiente em casa.
Levantamento da Ação Social Diocesana de Patos revelou que uma média de 160 pessoas estão vivendo em situação de rua no Município de Patos. Os números são referentes ao ano de 2022 e existiam pessoas de diversas localidades do país, mas nem todas vivem na rua, no entanto, enfrentam situações de fome, desemprego e abandono.
A reportagem do Polêmica vem identificando pontos onde pessoas estão dormindo nas ruas da cidade. Um grupo dorme na frente da Catedral de Nossa Senhora da Guia, outro nas imediações do antigo Terminal Rodoviário e em pontos que oferecem o abrigo mínimo de forma precária.
Em alguns bairros populares, entidades civis vêm localizando famílias inteiras que vivem em situação de miséria em casebres insalubres. Em decorrência da fome, os problemas de saúde se agravam e dão espaço para outras mazelas sociais, tais como prostituição, pequenos delitos, drogas e transtornos psicológicos distintos.
Em seu discurso de posse, o presidente Lula disse: “Fila na porta dos açougues, em busca de ossos para aliviar a fome. E, ao mesmo tempo, filas de espera para a compra de jatinhos particulares. Tamanho abismo social é um obstáculo à construção de uma sociedade justa e democrática, e de uma economia próspera e moderna”.
A sociedade brasileira, pelo menos parte que ainda não perdeu a sensibilidade humana, sabe que a desigualdade social, que gera outros diversos problemas, deve ser combatida de forma permanente.
Jozivan Antero – Polêmica Patos