Em todo o Brasil, os trabalhadores que estão contratados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para o senso 2022 se queixam de sobrecarga de trabalho, salários baixos, falta de condições para o serviço, além de assédio sexual, racismo, preconceito, dentre outros probelmas enfrentados no dia a dia.
Na cidade de Patos, os recenseadores se queixaram de problemas semelhantes que ocorreram durante as visitas. Nos Loteamentos Luar de Angelita e de Carmem Lêda, no Bairro Novo Horizonte, um recenseador teve que pedir afastamento da localidade após ser xingado e ameaçado de morte por um cidadão.
De acordo com relatos, o recenseador, que preferiu não se identificar, estava de boné, colete, crachá de identificação e o equipamento utilizado pelo IBGE para o censo de 2022. O jovem relatou que o morador o xingou por ele estar usando um short. O xingamento descambou para humilhação e até ameaça de morte.
Diante do problema, o recenseador pediu para sair da área e ser deslocado para outra da cidade de Patos. Os moradores foram solidários ao jovem que estava realizando seu trabalho com zelo e foi colocado no grupo de WhatsApp para facilitar a comunicação com a comunidade. O trabalhador fez um desabafo e se despediu de todos do grupo após o ocorrido lamentável.
O censo de 2022 está em atraso por todo o Brasil. De início, o Governo Federal não quis liberar os recursos e ofereceu quantia inferior aos necessários para o IBGE. O caso foi parar no STF e logo depois o presidente Bolsonaro (PL) liberou mais verbas, porém, as queixas de número insuficiente de recenseadores, salários baixos e falta de condições para o trabalho continuaram. Ainda não se tem data para conclusão do censo.
Jozivan Antero – Polêmica Patos