Em Mãe D’água, apicultor relata falta de apoio para escoamento da produção e mostra o descaso com as estradas vicinais 

O apicultor Valdir Vieira da Silva, de 42 anos, juntamente com sua esposa e um filho de dois anos, portador de paralisia cerebral, vem sofrendo há tempos com a situação […]



O apicultor Valdir Vieira da Silva, de 42 anos, juntamente com sua esposa e um filho de dois anos, portador de paralisia cerebral, vem sofrendo há tempos com a situação de abandono em que se encontram as estradas vicinais da zona rural no Município de Mãe D’água, sertão paraibano.

Valdir relatou a situação de descaso das estradas nos sítios de Picos, Flamengo e Aleixo, na zona rural de Mãe D’água. Se sentindo prejudicado com sua família e passando por dificuldades, ele resolveu procurar ajuda para denunciar o descaso.

Segundo Valdir, faz de três a quatro anos que não fazem as estradas, e após as chuvas na região, a situação só vem piorando cada vez mais.

“Não tem estrada, na verdade, é uma valeta, tudo que se produz aqui, tanto eu como os sítios vizinhos, temos que levar de moto, em tempo de cair. Se comprar material, temos que pedir um trator porque ainda pode passar, mas se for carro mesmo, não tem como vir, porque não consegue chegar”, desabafou o apicultor.

Valdir disse ainda que para colher o mel tem que pegar emprestado o equipamento na associação, pois não existem condições de locomover as caixas com abelhas, em cima de uma moto.

“O lugar apropriado seria na casa do mel, que se encontra localizada na cidade, pois o risco das abelhas atacarem as nossas casas é muito grande, mas infelizmente não podemos ficar sem o sustento de nossas famílias’’, concluiu Valdir.

Conforme o trabalhador, a produção de mel do município poderia ser duas vezes mais produtiva se houvesse estradas para o transporte por carros. Ele disse que não existe incentivo por parte da prefeitura de Mãe D’água e que todos têm que se virar como podem. 

Diante da falta de incentivo, os produtores estão sofrendo sem poder escoar suas produções da maneira certa.


Lúcio César