A Polícia Civil não descarta a possibilidade de a morte do coordenador de acampamento do Movimento dos Sem Terra (MST), Aldecy Viturino Barros, em Princesa Isabel, nesse sábado (11), estar ligada a briga por posse de terra. No entanto, essa é apenas uma das linhas de investigação que estão sendo traçadas, conforme informou o delegado Douglas Barbosa Garcia.
“Não podemos afirmar se foi por causa disso, mas também não descartamos nenhuma linha de investigação. Nós ouvimos a esposa dele e ela afirmou que ele não comentou que estaria sofrendo ameaças”, resumiu.
Além da esposa de Aldecy, também foram ouvidos o homem que estava auxiliando na reforma da casa onde a vítima foi morta e um amigo. “Mais pessoas devem ser ouvidas nós próximos dias”, disse o delegado Douglas Garcia.
A polícia também está buscando vídeos de monitoramento de segurança para tentar traçar a rota de fuga dos suspeitos. “Por se tratar de zona rural é muito difícil encontrar vídeos de sistema de monitoramento. Mas, estamos tentando traçar uma rota de fuga e verificar imagens para tentar identificar os suspeitos”, falou.
Entenda o caso
Aldecy Viturino Barros estava trabalhando em uma reforma na casa de Ana Paula Cosa quando dois homens em uma moto chegaram e o chamaram para assinar alguns papeis. Ele estava no telhado da casa e antes mesmo que conseguisse descer da escada foi alvo de oito tiros, sendo que um deles atingiu Ana Paula. Ela chegou a ser socorrida, mas morreu no hospital.
A polícia ainda não tem a identificação da dupla que assassinou os dois e segue nas buscas pelos suspeitos ou informações que possam levar a eles.
O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra da Paraíba (MST-PB) cobrou apuração e prisão dos criminosos que assassinaram Aldecy e Ana Paula dentro do acampamento Quilombo do Livramento, que fica na Zona Rural de Princesa Isabel, no Sertão paraibano.
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