“Eu sou um membro da Força Aérea dos EUA e não serei cúmplice de um genocídio. Eu estou perto de realizar um ato extremo de protesto, mas comparado com aquilo que o povo da Palestina está vivendo nas mãos de seus colonizadores, meu ato não é nada extremo.”
Esta foi uma das últimas publicações de Aaron Bushnell, militar de uma base de operações cibernéticas da aeronáutica dos EUA no Texas. O jovem de 25 anos, cometeu seu ato extremo de protesto ateando fogo no próprio corpo em frente à embaixada de Israel, na capital estadunidense.
O protesto foi a forma que o jovem encontrou para denunciar o papel que seu país, principal potência imperialista do mundo, está cumprindo no genocídio palestino, que já deixou mais de 30 vítimas em Gaza, sendo mais de 70% dos mortos mulheres e crianças. O ato de imolação do soldado é mais um dos milhares de protestos que o povo estadunidense já realizou contra os ataques de Israel e dos EUA contra os palestinos.
Praticamente todos os sábados, desde outubro do ano passado, dezenas de milhares de pessoas marcham pelas ruas das principais cidades norte-americanas. Sessões do Congresso e comícios eleitorais do presidente Joe Biden já foram interrompidos por manifestantes contra a guerra.
É preciso se mobilizar contra o genocídio
O ato de abnegação de Bushnell mostra a necessidade de se manter a mobilização permanente em defesa do povo palestino. Como o Jornal A Verdade afirmou em editorial de novembro e o presidente Lula afirmou recentemente, as atrocidades que o exército sionista de Israel comete em Gaza são as mesmas que o nazistas cometeram contra judeus, comunistas e dezenas de povos na Europa durante a II Guerra Mundial.
A mídia burguesa dos EUA e do mundo está escondendo e censurando o ato de sacrifício do jovem Bushnell. É preciso mantermos viva a memória do protesto em que ele deu a vida para realizar, defendendo a libertação da Palestina e o boicote completo à Israel.
Jornal A Verdade