G1
Israel e Hamas chegaram a um acordo de cessar-fogo nesta quarta-feira (15), após dias de intensas negociações, segundo a agência Reuters. Fontes da Casa Branca também confirmaram a informação à correspondente Raquel Krähenbühl, da TV Globo.
Em seu perfil na rede social Truth Social, às 14h02 do horário de Brasília, o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, também afirmou que o acordo foi aprovado e comemorou:
“Nós temos um acordo para os reféns no Oriente Médio. Eles serão libertados em breve”.
De acordo com a Reuters, o Hamas concordou, ainda pela manhã, com a proposta de cessar-fogo em Gaza e de devolução de reféns compartilhada pelos negociadores do Catar.
Um oficial do Hamas afirmou que ainda não havia dado uma resposta por escrito à proposta. Porém, um representante da Autoridade Palestina contou que a aprovação verbal já havia sido dada e que o grupo só aguardava mais informações para seu aval oficial ao acordo.
O gabinete do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, negou a informação e disse que o Hamas ainda não aceitou a proposta.
Horas depois, por volta das 13h30, à rede de TV Al Jazeera, o Hamas disse que entregou sua aprovação aos mediadores.
A agência AFP afirma que a trégua também foi aprovada pelo grupo aliado do Hamas Jihad Islâmica.
Caso a proposta debatida agora seja aprovada, o primeiro passo será um cessar-fogo inicial de seis semanas com a libertação de 33 reféns israelenses em troca de prisioneiros palestinos e uma retirada gradual das forças israelenses do centro de Gaza e o retorno dos palestinos deslocados ao norte do enclave.
Uma segunda fase prevê a libertação de todos os reféns restantes, um cessar-fogo permanente e a retirada completa dos soldados israelenses. Segundo o site “Axios”, 98 reféns israelenses sob o poder de Gaza ainda estariam vivos.
Uma questão mais polêmica e ainda sem resposta é quem governará Gaza depois da guerra. Israel rejeitou qualquer envolvimento do Hamas, que governava Gaza antes da guerra, mas se opôs quase igualmente ao governo da Autoridade Palestina, o órgão criado pelos acordos de paz provisórios de Oslo há três décadas e que tem poder de governo limitado na Cisjordânia.
O primeiro-ministro palestino, Mohammad Mustafa, disse nesta quarta-feira que a Autoridade Palestina deve ser o único poder governante em Gaza após a guerra, ideia que foi defendida nesta terça por Antony Blinken.