
O diretor clínico do Hospital Regional Deputado Janduhy Carneiro de Patos, Dr. Pedro Augusto, respondeu as acusações de negligência feitas pelos familiares do comerciante Ildemar da Silva Rodrigues, que estava internado e faleceu na última terça-feira (8), após uma parada cardíaca.
Em áudio, o diretor fez um resumo do atendimento desde o momento da entrada de Ildemar na unidade hospitalar, no dia 17 de março, quando vitima de um acidente no bairro do Monte Castelo, até o instante final, quando o homem de 51 anos teve três episódios de parada cardíaca. “No momento em que o paciente foi deslocado para o setor de ortopedia passou mal e foi devidamente assistido pelos clínicos da área vermelha, tendo em vista que a ortopedia fica de lado da área vermelha, tendo sido reanimado em duas paradas cardíacas mas, infelizmente, vindo a óbito na terceira”, contou Dr. Pedro Augusto.
O médico explicou ainda que o caso das fraturas sofridas por Ildemar em decorrência do acidente não eram casos para cirurgia. “É importante que todo mundo entenda que a ortopedia só é o primeiro procedimento quando é fratura exposta. Então foi aguardado o paciente melhorar para que a ortopedia resolvesse os procedimentos de fratura de arcos costais e fratura de clavícula, onde a maioria o tratamento é conservador”, disse Dr. Pedro, que ainda pontuou que a decisão sobre realizar uma cirurgia ou colocar colete é de exclusividade do médico.
Sobre as acusação de negligência feita pelo familiares do comerciante, o diretor clínico do Hospital Regional disse que durante todo o período da internação de Ildemar, não houve negligência. “Negligência é falta de assistência e o paciente não ficou desassistido em nenhum momento no hospital”, afirmou o médico, que também observou que não existiu qualquer falha médica.
“Não houve imperícia, nem imprudência. Infelizmente aconteceu uma fatalidade e o paciente veio a falecer dentro do hospital, provavelmente um quadro de parada súbita (…) existem inúmeras possibilidades e por isso o pacientes foi encaminhado para o IML”.
O motociclista Ildemar da Silva Rodrigues, conhecido por Demar, 51 anos, estava internado desde o dia 17 de março após um acidente ocorrido na Rua Manoel Mota, Bairro Monte Castelo, em Patos.
No dia do acidente, Ildemar seguia em sua moto quando o idoso Raimundo Tomaz da Costa, de 78 anos, atravessou a via. Para evitar uma colisão fatal, Ildemar fez um desvio brusco e aliviou o impacto com o idoso, mas o motociclista caiu de forma violenta, sofrendo uma pancada na cabeça, fraturas pelo corpo e foi socorrido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) em estado grave ao Hospital Regional de Patos onde permanecia desde então.
De acordo com João Neto, irmão da vítima, o seu irmão foi internado em estado grave e foi intubado ainda no SAMU. A recuperação estava caminhando bem e com melhorias significativas de saúde, mas na terça-feira (8) o médico ortopedista determinou que Ildemar fosse até a ortopedia para colocar gesso na clavícula e depois teria alta médica. Quando Ildemar estava na ortopedia, sofreu uma parada cardíaca e foi a óbito.
A família acusou o Hospital Regional de Patos, principalmente o coordenador da ortopedia, de ter negligenciado o caso.