Em Patos, roda de conversa revela números estarrecedores da violência contra a mulher 

A violência contra a mulher atingiu números estarrecedores no Brasil. Os casos de feminicídio, violência patrimonial, psicológica, física, sexual, dentre outras, afetam famílias inteiras e provocam dor e sofrimento em […]



A violência contra a mulher atingiu números estarrecedores no Brasil. Os casos de feminicídio, violência patrimonial, psicológica, física, sexual, dentre outras, afetam famílias inteiras e provocam dor e sofrimento em toda a sociedade.

Na noite desta terça-feira, dia 30 de julho, por meio da secretaria de juventude, do Sindicato dos Funcionários Públicos Municipais de Patos e Região (SINFEMP), foi realizada uma roda de conversa para discutir a violência contra a mulher.

O evento aconteceu na sede da Associação de Apoio à Mulher Patoense (ASSAMP), na Rua Felizardo Leite, centro, e contou com a presença da presidente do SINFEMP, Carminha Soares, com a delegada da mulher Dra. Sílvia Alencar, com a presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Mulher, Samara Oliveira, com a diretora do Centro de Referência de Atendimento à Mulher (CRAM), Rose Xavier, da representante do Movimento de Mulheres Olga Benário, Gerlúzia Vieira, da líder comunitária Jeany Venâncio, com a presidente da ASSAMP, Dona Socorro, dentre outras que formaram a mesa da roda de conversa. A mesa também contou com Gilson Remígio, diretor do SINFEMP e com Frei Fábio, que fez a abertura do evento.

De início, após a saudação de Carminha Soares, a delegada Dr. Sílvia Alencar fez uma exposição sobre os números da violência contra a mulher, os meios para buscar ajuda dos órgãos públicos e de como enfrentar as formas de violência que tanto causam dor nas mulheres e até a morte. Apenas no primeiro semestre de 2022, a central de atendimento registrou 31.398 denúncias e 169.675 violações envolvendo a violência doméstica contra as mulheres. Neste mesmo período, 699 mulheres foram assassinadas no crime de feminicídio, uma média de 4 mulheres mortas por dia.

Samara Oliveira também expôs situações de violência contra a mulher e lamentou que a Delegacia da Mulher não funcione nos finais de semana, que ainda não disponha de toda a estrutura necessária para seu funcionamento pleno e criticou a ausência da Patrulha Maria da Penha no município de Patos. Samara falou que outras cidades menores que Patos já dispõe do serviço, mas aqui ainda não é realidade.

A roda de conversa seguiu com Rose Xavier falando sobre as formas de violência presentes na sociedade contra as mulheres, do trabalho prestado no CRAM e sobre os desafios enfrentados pelas mulheres no dia a dia. 

Gerlúzia Vieira fez convite para que as presentes participassem do Movimento de Mulheres Olga Benário e denunciou o sistema em que vivemos, que não oferece vida digna para mulheres e causa tormento, principalmente para as famílias pobres.

Ao final, Natália Maria, secretária adjunta da secretaria de juventude do SINFEMP, agradeceu aos presentes e convidou para o lanche servido no local.


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