“Muita gente ganha sem trabalhar”, relata servidor ao denunciar assédio e inchaço da folha de pagamento na Câmara Municipal de Patos

O poder legislativo do Município de Patos é um espaço cobiçado diante do que representa para aqueles que se elegem por meio do voto popular, mas também é composto por […]



O poder legislativo do Município de Patos é um espaço cobiçado diante do que representa para aqueles que se elegem por meio do voto popular, mas também é composto por servidores públicos efetivos que fazem a burocracia, limpeza e outros serviços para o bom funcionamento da Casa Juvenal Lúcio de Sousa.

Na manhã desta quinta-feira, dia 21 de março, o servidor público Maricélio Barbosa falou em nome de vários funcionários que estão insatisfeitos na Câmara Municipal de Patos. Maricélio denunciou assédio moral, inchaço da folha de pagamento que, de acordo com ele, não permite reajuste salarial dos efetivos que estão há cinco anos sem melhoria na base dos seus vencimentos.

Dados do Tribunal de Contas do Estado da Paraíba (TCE/PB) do mês de janeiro de 2024, por meio do SAGRES, mostram que a Câmara Municipal tem 37 servidores efetivos e 108 cargos comissionados. Apenas a vereadora presidente da Casa Juvenal Lúcio de Sousa dispõe de 28 contratados a sua disposição. Essas informações foram disponibilizadas em um manifesto entregue ao Polêmica pelos servidores.

Maricélio relatou que o inchaço da folha de pagamento faz com que o índice prudencial, na Lei de Responsabilidade Fiscal, esteja sempre no limite dos gastos e isso dificulta um reajuste salarial dos efetivos. O servidor denunciou o tesoureiro da Câmara por assédio moral e comentou que nada tem sido feito por parte da presidente da Câmara Municipal de Patos.

“Tem muita gente comissionada…se hoje todo mundo vier trabalhar na Câmara, cumprir os dois expedientes ou vier no dia de sessão,  não tem cadeira para todo mundo se sentar…muita gente ganha sem trabalhar…”, desabafou Maricílio.

A reportagem ouviu a presidente Tide Eduardo. Ela esclareceu que nunca existiu problema para dialogar com os servidores e que as progressões foram implantadas e que o aumento nos vencimentos foi entre 40 e 60%. Tide disse que não houve aumento salarial, mas as progressões implantadas garantiu uma melhoria significativa dos vencimentos. Quanto aos assessores dos vereadores terem saído de 2 para 5, Tide afirmou que é um direito deles.  

Sobre a denúncia de assédio por parte do Tesoureiro da Câmara, Tide relatou que os servidores ficaram chateados com ele devido ao comunicado que foi dado sobre impossibilidade de reajuste salarial, mas acredita que com diálogo a questão do desentendimento será superada. A presidente fez a defesa do Tesoureiro e disse que ele é uma pessoa muito respeitada.

OUÇA entrevista com Maricélio e Tide Eduardo:

Jozivan Antero – Polêmica Patos