Ao lado da esposa, homem chora ao relatar espera por programa de moradia popular e sua rotina catando material reciclado na cidade de Patos

A rotina do casal Geraldo Francisco da Silva Almeida, de 55 anos, e Fabiolândia Macena Medeiros, 45 anos, começa cedo na busca por material reciclado nos locais de lixo residencial […]



A rotina do casal Geraldo Francisco da Silva Almeida, de 55 anos, e Fabiolândia Macena Medeiros, 45 anos, começa cedo na busca por material reciclado nos locais de lixo residencial na cidade de Patos. Eles residem em um casebre alugado na Rua Projetada, no Bairro Novo Horizonte, e saem para a atividade usando uma carroça de tração animal.

Geraldo Francisco recebe o Benefício de Prestação Continuada (BPC), que lhe garante um salário mínimo por mês. Fabiolândia tem auxílio do Bolsa Família e com esses recursos vive o casal. Ela é viúva do primeiro marido, mas não teve direito a nenhum benefício e relata que sem catar material reciclado não consegue garantir a sobrevivência. 

Fabiolândia disse que se inscreveu no Programa Minha Casa Minha Vida, porém, nunca foi visitada. Geraldo, que também é viúvo, relatou que sua esposa era inscrita no mesmo programa, mas faleceu sem ser procurada para saber se teria direito à moradia popular pelos programas sociais. O casal é analfabeto e depende de ajuda de terceiros para averiguar o que teria acontecido.

Revoltado, Geraldo não segurou as lágrimas ao contar sua história. Ele tem o BPC diante de uma trombose que o deixou com a mobilidade reduzida e com outros problemas de saúde. Eles recolhem material reciclado há três anos e Geraldo confessou que, por vezes, leva algo que encontra no lixo para casa e aproveita.

OUÇA Geraldo Francisco:

Jozivan Antero – Polêmica Patos