Enfermeira contesta informações sobre falta de recursos para pagar piso da enfermagem após declarações do prefeito de Patos

O prefeito de Patos, Nabor Wanderley (Republicanos), concedeu entrevista recentemente e foi perguntado sobre o pagamento do piso nacional da enfermagem. Nabor disse ao Portal da Capital que a prefeitura […]



O prefeito de Patos, Nabor Wanderley (Republicanos), concedeu entrevista recentemente e foi perguntado sobre o pagamento do piso nacional da enfermagem. Nabor disse ao Portal da Capital que a prefeitura não tem como pagar os enfermeiros e técnicos de enfermagem em decorrência do valor insuficiente dos recursos enviados pelo Ministério da Saúde.

Nabor relatou que existem muitas divergências e discussões entre outros gestores. “Patos recebeu 388 mil e para que a gente possa pagar na integralidade a gente precisa de 1 milhão e 68 mil reais por mês…por que não é só o piso! Patos temos um plano de cargos que aí, na hora que você coloca na cabeça do contracheque esse valor de R$ 4.750,00, vai repercutir sobre as progressões, sobre os quinquênios e tem todo um cálculo que precisa ser feito…”, Nabor ainda disse que o enfermeiro efetivo vai receber em média R$ 7.000,00 em Patos.

O prefeito disse que vai discutir a complementação do piso, pois não existem condições de colocar o valor do piso na cabeça do contracheque da enfermagem e comprometer os serviços, compra de insumos e exames da saúde.

Após a entrevista do prefeito de Patos, a enfermeira Maryama Naara, representante do COREN PB na região de Patos, se posicionou sobre o fato no Jornal Notícias da Manhã, na Rádio Espinharas. Maryama falou que a Lei 14.434 estava suspensa diante da ausência de fontes de custeio, porém, o presidente Lula sancionou a PEC aprovada no congresso e definiu fontes de custeio e foi liberado o valor de 7,6 bilhões de reais para complementar o piso da enfermagem.      

Maryama afirmou que o Ministério da Saúde está enviando os recursos para complementar o pagamento, no entanto, se a quantidade de recursos enviados para as prefeituras for inferior, a culpa é das gestões que podem ter enviado informações erradas. Ela comentou que os recursos têm validade a partir do mês de maio até dezembro de 2023, além de 13º salário. Os recursos para 2024 devem estar presentes na Lei Orçamentária Anual (LOA) que será apresentada em 2023.

“Espero, com muita veemência, que nossa lei seja realmente cumprida, que os nossos gestores tenham a consciência, que façam as informações corretas e que repassem, para quem é de direito, o repasse que tá vindo do Governo Federal”, destacou Maryama.


Jozivan Antero – Polêmica Patos


OUÇA Maryama e veja o vídeo de Nabor Wanderley: