Cerca de 60 famílias sobrevivem da coleta de material reciclável que são coletados no lixão da cidade de Patos. Homens e mulheres disputam o que a sociedade despreza e fazem do que consegue no lixo o sustento para ter o mínimo de dignidade no sistema capitalista.
Na tarde desta quinta-feira, dia 27, a reportagem do Polêmica esteve visitando o lixão da cidade de Patos. Era por volta das 13h00 quando duas mulheres concederam entrevista e demonstraram o receio do fim do lixão diante do anúncio feito pelo secretário de Administração do Município de Patos.
Para Neide Caxias, que é catadora, a gestão municipal não deu nenhuma informação de como será o fim do lixão. Neide relatou que depende do que adquire no lixo para vender e sustentar sua família. A catadora está preocupada com o momento e cobrou das autoridades informações e ajuda. “Até agora não nos disseram nada”, desabafou Neide.
A jovem Bárbara, que também é catadora, falou que toma de conta de 5 crianças e necessita de ajuda e emprego. Ela demonstrou sua preocupação com o fim do lixão e também pediu que as autoridades da Prefeitura Municipal de Patos tomem alguma providência diante do problema social. “A gente passa o dia todinho aqui…”, comentou Bárbara.
O fim do lixão foi dado pelo advogado Francivaldo Freitas, que é secretário de Administração do Município de Patos. O secretário relatou que a empresa Marco Construtora e Serviços LTDA, que é de Cariacica, no Espírito Santo, e que tem sua principal atividade econômica no Tratamento e Disposição de Resíduos Perigosos, vai realizar o transporte e o transbordo do material para a cidade de Sousa, alto sertão paraibano.
Jozivan Antero – Polêmica Patos
OUÇA entrevista com Neide e Bárbara: