Acuado e correndo o risco de perder o mandato na Câmara Municipal de Patos por quebra de decoro parlamentar, o vereador bolsonarista Josmá Oliveira (ex-patriota) continua buscando formas de intimidar servidores da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Dr. Otávio Pires de Lacerda.
Após denúncias na Comissão de Ética da Casa Juvenal Lúcio de Sousa por postura considerada incompatível com o cargo, tais como postagem homofóbica contra professores, provável invasão da área vermelha da UPA, além de insinuar que o secretário de Saúde do Município de Patos praticava sexo dentro da UPA, Josmá vai responder dois processos na comissão para analisar sua conduta.
O alvo do vereador agora é a enfermeira Tássia Rangel, que é a diretora da UPA e registrou Boletim de Ocorrência contra o parlamentar mirim na Delegacia de Polícia Civil após o episódio questionável de fiscalização que culminou com constrangimento na Área Vermelha. Com gesto intimidatório, Josmá enviou mensagem especulativa para saber quem havia indicado Tássia para assumir o cargo de diretora da UPA. A mensagem foi dirigida ao ex-diretor da UPA Anderson Sóstenes.
No dia 12 de julho de 2022, o parlamentar mirim enviou ofício ao Ministério Público Estadual (MPE) relatando ter recebido denúncia de que a enfermeira Tássia Rangel estaria acumulando cargo no serviço público. Mesmo o vereador tendo acesso ao processo burocrático que nomeou Tássia na UPA, o vereador não quis pedir na Secretaria de Saúde do Município de Patos, mas sim fazer mais uma denúncia sem antes checar os fatos.
Em contato com Tássia, a enfermeira se disse constrangida com a postura do vereador e disse: “A denúncia não tem fundamento. Realmente sou servidora efetiva no Município de Conceição como enfermeira, porém, não existe ilegalidade no acúmulo de cargos como o vereador menciona na denúncia, uma vez que estou à disposição de Patos desde 20 de junho de 2022, inclusive com publicação em diário oficial”.
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