Vereador não se desculpa e professores fazem protesto silencioso durante sessão na Câmara Municipal de Patos

Na noite desta terça-feira, dia 19, a Câmara Municipal de Patos retomou as sessões após o recesso parlamentar. A sessão foi bastante movimentada e a mesa diretora da Casa Juvenal […]



Na noite desta terça-feira, dia 19, a Câmara Municipal de Patos retomou as sessões após o recesso parlamentar. A sessão foi bastante movimentada e a mesa diretora da Casa Juvenal Lúcio de Sousa leu a nota de repúdio da OAB/Patos contra o vereador Josmá Oliveira (ex-patriota) que atacou os professores por meio das redes sociais.

De forma machista, misógina e preconceituosa, o parlamentar mirim escreveu: “Ensine seus meninos a serem homens antes que seus professores os ensinem a ser mulheres”. A postagem desprovida de respeito e bom-senso aconteceu no dia 5 de julho de 2022 e se esperava um pedido de desculpas do vereador na sessão da terça-feira, mas não houve.

Os professores entraram com ação judicial contra o vereador bolsonarista e compareceram na sessão da câmara que também abriu um processo para apurar outro ato do mesmo vereador que invadiu a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Dr. Otávio Pires de Lacerda. A Procuradoria-Geral do Município de Patos pediu apuração dos acessos do vereador e uma comissão foi formada.

Como o vereador Josmá Oliveira não se desculpou da postagem nitidamente machista e preconceituosa, os professores presentes na sessão decidiram fazer um protesto silencioso e deram às costas durante a fala do vereador.

Os professores esperam que o vereador bolsonarista seja punido pela Câmara Municipal de Patos, mas perceberam muito corporativismo e proteção ao vereador. Os únicos vereadores que foram mais enérgicos e criticaram o colega foram José Gonçalves, Sales Júnior e Italo Gomes.

A unanimidade dos vereadores aprovaram a comissão processante que irá apurar os atos de Josmá Oliveira. A comissão será presidida por Ítalo Gomes, relator Patrian e membro Davi Maia. A comissão de ética é formada por José Gonçalves, Emano e Marcos César. O prazo para apuração da conduta do vereador será de 90 dias.


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