Mais de 50 trabalhadores sofrem com o fechamento do Matadouro Municipal de Patos

Desde o último sábado, dia 2 de abril, o Matadouro Municipal de Patos se encontra fechado por determinação judicial diante de irregularidades na sua infraestrutura. A ação foi movida pelo […]



Desde o último sábado, dia 2 de abril, o Matadouro Municipal de Patos se encontra fechado por determinação judicial diante de irregularidades na sua infraestrutura. A ação foi movida pelo Ministério Público Estadual (MPE) que pedia adequações de espaços há alguns anos, porém, a gestão municipal vinha protelando e sem atender às exigências normativas de acomodação dos animais abatidos e outros itens no local.

A Procuradoria do Município de Patos recorreu da decisão do fechamento na instância local, ou seja, no Fórum Miguel Sátyro de onde partiu a determinação do fechamento do Matadouro após a ação do MPE. O recurso também foi pedido no Tribunal de Justiça da Paraíba (TJPB), porém, até esta quinta-feira, dia 07, o poder judiciário ainda não havia se posicionado sobre o pedido da gestão municipal.

Na manhã desta quinta-feira, a redação do Polêmica Patos foi contatada por um trabalhador do Matadouro Municipal de Patos. Ele disse que cerca de 50 pessoas que dependem do funcionamento do matadouro para sua sobrevivência, agora estão paradas e sem ter recursos para manter suas famílias. “É uma situação difícil. Faz tempo que os responsáveis sabem dos problemas, mas ficam enrolando, enrolando e deu nisso. Aí a gente é quem sofre!”, relatou o trabalhador que pediu para não ser identificado.

De acordo com o trabalhador, os próprios auxiliares de serviço estão fazendo os serviços no curral e a Prefeitura Municipal de Patos não fez contratação de uma empresa ou de mão-de-obra qualificada para as adequações. “Aqui a melhoria que teve foi da sala da diretora. Foi feita melhoria, mas no matadouro faz tempo que só fazem remendo”, comentou o trabalhador.

“A Prefeitura de Patos deve cuidar melhor do matadouro. Tem como fazer isso. Aqui entra muito dinheiro e tem serviço sempre, mas tem que cuidar bem. A situação do pobre já tá ruim com essa situação de tudo caro e esse governo federal que não ajuda pobre. Aí tem mais essa aqui”, desabafou o trabalhador.   

A reportagem fez contato com o secretário de Agricultura do Município de Patos, Ferré Maxixe. Ele disse que, por enquanto, estão sendo realizados serviços apenas de paliativos até que se contrate uma empresa por licitação para obras estruturantes. “A reforma deve girar em torno de um milhão de reais. O curral é uma emergência, mas deve ser melhorado. Tem que ser feita uma murada, climatização em alguns pontos do abate, tem que ter elevação dos animais abatidos, um forno amplo…isso será colocado no processo de licitação para contratação da empresa para realizar as melhorias”, relatou Ferré.


Jozivan Antero – Polêmica Patos