Rio seco, gado com sede e pequenos produtores sofrendo diante de comportas fechadas da Barragem da Capoeira, na região de Patos

Os pequenos produtores rurais e criadores estão sofrendo com a situação da falta de água no leito do Rio da Cruz, que é perenizado ou mesmo tem seu principal abastecimento […]



Os pequenos produtores rurais e criadores estão sofrendo com a situação da falta de água no leito do Rio da Cruz, que é perenizado ou mesmo tem seu principal abastecimento mínimo em decorrência das águas liberadas na Barragem da Capoeira, no Município de Santa Teresinha, região metropolitana de Patos, sertão paraibano.

As denúncias são de que a Agência Executiva e Gestão das Águas do Estado da Paraíba (AESA/PB) está fazendo uso político da liberação da água da Barragem da Capoeira. De acordo com relatos, a água não vem sendo liberada para garantir a quantidade mínima para que chegue até determinados produtores que estão abaixo do Rio da Cruz.

Os pequenos criadores estão desesperados, pois não dispõem de poços com vazão e o leito do Rio da Cruz, em determinados trechos, está seco ao extremo. Caprinos e bovinos são os mais afetados, além da produção na agricultura familiar. Informações são de que a liberação estava normalizada até o mês de julho de 2021, mas depois houve desequilíbrio na abertura das comportas.

Em meio às denúncias, o escritório local da AESA/PB não vem se posicionando para explicar o porquê da falta de equilíbrio e equidade na liberação das águas para garantir igualdade na garantia do direito à água para necessidades humanas e de animais.

Um pequeno agricultor, que preferiu não se identificar, relatou que a AESA, regional de Patos, vem sendo usada sem critérios técnicos e faz apenas uso político em suas decisões. “Estamos enfrentando uma estiagem, mas a Barragem da Capoeira tem bastante água para atender a demanda local e fazer justiça na liberação da água, mas não faz. Faço um apelo aos nossos representantes para levar o caso até o Governador João Azevedo. Eu creio que ele não está sabendo do nosso sacrifício e do sofrimento dos animais”, relatou.

Diante do exposto, o espaço fica aberto para os esclarecimentos da AESA/PB ou mesmo do escritório local.



Jozivan Antero – Polêmica Patos