No final da tarde desta quarta-feira, dia 01, o gerente da Companhia de Água e Esgotos da Paraíba, Regional das Espinharas (CAGEPA/Espinharas), Jonatas Raulino, concedeu entrevista ao programa Polêmica, levado ao ar pela Rádio Espinharas FM, para falar sobre os desafios da estatal e os problemas enfrentados no dia a dia.
Jonatas disse que a principal captação de água da CAGEPA acontece a 90 quilômetros de distância através da Adutora Coremas-Sabugi e, portanto, existem vários problemas para lidar e garantir água nas torneiras. Alguns estouramentos dos canos que são de fibra de vidro tem acontecido e acabam interrompendo o abastecimento. A própria CAGEPA tem substituído os canos de fibra de vidro danificados por aço e garantindo mais segurança.
Perguntado sobre a possibilidade de venda da CAGEPA e o fim da estatal, Jonatas disse que não vê como acontecer isso. O diretor falou que o Governador João Azevedo descartou essa venda ao capital privado. Jonas comentou sobre o marco do saneamento e afirmou que a agenda do Governo Federal é de venda das empresas. A CAGEPA, afirmou Jonas, vai precisar fazer captação de recursos para fazer investimentos e melhorias.
Falando sobre o valor dos serviços da CAGEPA, Jonatas disse que é pago uma média de R$ 45,00 por 10.000 metros cúbicos de água. Isso dá em torno de quatro centavos por litro. Diante da cobrança de esgoto, esse valor é acrescido de pelo serviço, porém, ainda é considerado um valor acessível em decorrência do serviço prestado e a importância da água. Mesmo com o aumento do preço da energia, dos insumos químicos e dos equipamentos, o valor cobrado pela CAGEPA ao consumidor continua o mesmo.
O diretor comentou sobre a questão da substituição dos canos de amianto que ainda existem pela cidade de Patos. Para ele, o serviço será prestado por uma empresa, pois a que estava trabalhando apresentava problemas e o contrato foi rescindido.
Jonatas se disse satisfeito com o fornecimento de água da CAGEPA na região, apesar de problemas que existem pontualmente. O diretor foi cobrado para que se fizesse uma campanha para uso racional da água em decorrência do mau uso do líquido mais precioso do mundo. O diretor demonstrou receptivo e fez saber que a campanha vinha sendo feita antes da pandemia e que deve ser retomada nas escolas. O diretor falou que os mananciais estão com média de 50% de sua capacidade.
Jozivan Antero – Polêmica Patos