Lutadoras sociais do Movimento de Mulheres Olga Benário e da União Brasileira de Mulheres (UBM) estiveram presentes na tarde desta terça-feira, dia 17, no Mercado Público Darcílio Wanderley e no mercado das frutas para realizar panfletagem de conscientização e de denúncia contra a violência obstétrica.
Os movimentos populares vêm promovendo ações para chamar a atenção da sociedade em relação às denúncias feitas por familiares e pelas próprias mulheres que procuraram a maternidade Dr. Peregrino Filho no momento do parto e se deparam com violência obstétrica, seja por meio psicológico ou mesmo no momento da intervenção de equipes médicas para o parto normal ou cesariana.
No último sábado, dia 14, os familiares da jovem Cristiane Pereira da Silva, de 29 anos, bem como movimentos sociais, estiveram presentes em um ato na frente da Maternidade Dr. Peregrino Filho. Cristiane Pereira teve seu primeiro filho e relatou atos de violência obstétrica Em nota, a direção da maternidade negou tal prática no órgão.
As ações desta terça-feira fazem parte de uma série de atividades que devem ocorrer durante essa semana do mês de agosto contra a violência obstétrica. O vereador sindicalista José Gonçalves (PT) deverá usar a tribuna da Câmara Municipal de Patos para expor a situação e levar o caso para as esferas do Estado da Paraíba e da Secretaria de Estado da Saúde.
O panfleto entregue tem o seguinte conteúdo:
Contra a violência obstétrica!
Pelo respeito e humanismo para mulheres e bebês na Maternidade Dr. Peregrino Filho!
Nós, mulheres, buscamos dignidade, respeito e o direito a um parto humanizado de verdade. Nosso momento de maternidade é ímpar e representa um direito sagrado universal e garantido em leis já consolidadas no Brasil.
Os casos denunciados de violência obstétrica na Maternidade Dr. Peregrino Filho, em Patos, não são inventados pelas mulheres que buscam esse órgão no seu momento de parto, mas uma dura realidade que é relatada e presenciada por parturientes, mães e acompanhantes.
Chamamos a atenção dos órgãos de fiscalização, sejam estes da própria saúde ou dos diversos segmentos ministeriais e das organizações sociais, para que estejam em alerta para dar um basta nas reclamações e confirmações de violência obstétrica que vêm sendo denunciadas.
A Maternidade Dr. Peregrino Filho não pode ser vista pela sociedade, especialmente pelas mulheres grávidas, como local de sofrimento, pois não se deve confundir a dor do parto com descaso pela vida, seja de grávidas, dos bebês e de suas famílias que se angustiam no momento de terem seus filhos tão esperados e amados sendo negligenciados.
Exigimos que a Maternidade Dr. Peregrino Filho tenha critérios mais humanistas e de empatia para definir se os partos serão normais ou cesarianas!
Basta de violência obstétrica!
Assinam esta carta:
Movimento de Mulheres Olga Benário
Apoena sertaneja
UBM
Conselho Municipal de Direito das Mulheres
Gabinete do vereador sindicalista José Gonçalves
Jozivan Antero – Polêmica Patos
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