Diocese de Patos se posiciona em nota pública sobre notícias difamatórias que circularam em redes sociais

No último sábado, dia 10, membros da imprensa patoense, que tiveram acesso a denúncias envolvendo a Diocese de Patos,  estiveram reunidos com o Bispo Dom Eraldo, bem como demais representantes […]



No último sábado, dia 10, membros da imprensa patoense, que tiveram acesso a denúncias envolvendo a Diocese de Patos,  estiveram reunidos com o Bispo Dom Eraldo, bem como demais representantes da própria Diocese, para buscar esclarecimentos sobre fatos relatados em redes sociais.

De pronto, o Bispo Dom Eraldo se propôs a esclarecer todos os pontos elencados sobre os referidos fatos e mostrou uma série de documentos da Justiça da Paraíba sobre o caso, documentos do Vaticano e da Diocese de Patos, todos sobre os fatos abordados na denúncia que circulou nas redes sociais.

Diante dos esclarecimentos, a Diocese publicou nota sobre o fatos que publicamos na sua íntegra:

A Lei Suprema da Igreja é a salvação das almas.

(Lex Suprema eclesiae, salus animarum)

Aos Padres, Diáconos, Religiosos e Religiosas, Leigos e Leigas e ao público em geral,

A Diocese de Patos, surpreendida com notícias falsas e difamatórias publicadas nas redes sociais, envolvendo a pessoa do Bispo Diocesano, do Padre José Rodrigues dos Santos e, por consequência, de todo o corpo da Igreja diocesana, vem a público apresentar a verdadeira versão dos fatos:

I – É falsa a afirmação de que o Padre José Rodrigues dos Santos respondeu pela prática de crime de pedofilia e de que o fato não teria recebido das instâncias canônicas a devida e correta apuração. A verdade é que não se trata de processo de pedofilia, mas Contra Sextum (contra o Sexto Mandamento), cujos fatos não foram devidamente comprovados no processo jurídico canônico – de competência exclusivamente eclesiástica –, seja na fase prévia de investigação, seja durante os atos instrutórios produzidos em audiência.

Ademais, após minuciosa e exaustiva coleta de provas, não ficou evidenciada a ocorrência de qualquer crime, visto que, no decorrer da instrução, a suposta vítima, de maneira expressa, manifestou desinteresse na continuidade das apurações. Cabe destacar ainda que, por recomendação da própria Congregação Romana para o Clero, foram colhidos novos depoimentos, não tendo havido acréscimo de elementos consistentes, resultando no arquivamento do processo.

II – É falsa a afirmação de que a Autoridade Diocesana tenha sido omissa neste e em outros casos inerentes ao governo da Diocese. A verdade é que, ao receber a denúncia de suposto ilícito praticado pelo referido sacerdote, o Ordinário – agindo como juiz natural nas causas disciplinares envolvendo os membros da Igreja – providenciou a imediata abertura de procedimento investigatório para apuração dos fatos , tendo, na oportunidade, determinado o afastamento do Padre José Rodrigues dos Santos das suas funções, através de Decreto nº 07/2016, até o julgamento do processo.

III – É falsa a afirmação de que, após a instauração do processo canônico, o referido sacerdote continuou exercendo as funções de ordem. A verdade é que, no próprio ato de recebimento de denúncia, foi efetuado o afastamento do então investigado, situação que perdurou por quatro anos e meio, quando se encerrou o processo canônico. Somente após esta conclusão, o Ordinário local readmitiu o clérigo ao uso de ordem, com as devidas advertências em vista do bem do Sacerdote e do Povo de Deus.

IV – Portanto, a Diocese de Patos cumpriu com todas as exigências processuais referentes à apuração dos fatos, resultando, ao final, na recondução do Padre José Rodrigues dos Santos ao exercício do ministério, ainda que de forma restrita. Quanto ao processo judicial penal, que corre em segredo de justiça, convém registrar que não compete à Autoridade Eclesiástica qualquer tipo de interferência em relação ao resultado da referida lide, em virtude da separação que há entre as instâncias canônicas e seculares. Contudo, a Instituição Eclesiástica (Diocese) aguarda o desfecho do referido processo judicial penal para, diante do seu resultado, tomar as providências cabíveis.

V- Quanto às demais questões referidas na publicação, acontecidas há mais de cinco anos, considera-se que foram vencidas e solucionadas em tempo hábil pela via do diálogo e do entendimento, de modo que não há pendências entre as partes envolvidas.

A Diocese reafirma o seu compromisso com a verdade, a virtude, a justiça, o Direito e a promoção da paz.

Monsenhor João Saturnino de Oliveira

Vigário-Geral da Diocese

Padre Elias Ramalho Gomes

Vigário Judicial

Padre Adailton Pedro da Silva

Representante do Presbitério

Diácono Lindomar Henrique Marinho

Comissão Diocesana dos Diáconos Permanentes

Maria Joseny de Lima Medeiros Assis

Coordenadora Diocesana da Pastoral da Comunicação



Jozivan Antero – Polêmica Patos