O pretenso rompimento de Nabor com Érico Djan

(Luiz Gonzaga Lima de Morais, jornalista e advogado, publicado no Notícias da Manhã, da Espinharas FM, em 31/12//2024 Outro abacaxi que o grupo estaria enfrentando, segundo o Blog do Negreiros […]



(Luiz Gonzaga Lima de Morais, jornalista e advogado, publicado no Notícias da Manhã, da Espinharas FM, em 31/12//2024

Outro abacaxi que o grupo estaria enfrentando, segundo o Blog do Negreiros é uma pretensa candidatura do médico Érico Djan a deputado estadual em 2026. Érico se elegeu deputado em 2018, mas desistiu de se candidatar à reeleição em 2022, depois de um pífio desempenho nos quatro anos de mandato.

Nas eleições municipais de 2024, o ex-deputado, justamente com a esposa Germana Wanderley, sobrinha do saudoso prefeito e deputado Dinaldo Wanderley, passaram a apoiar Nabor, inclusive, com Germana assumindo a Secretária de Cultura e Esportes da admiistração municipal. Na campanha política, os dois acompanhados do sogro de Érico, Hermano Wanderley, teriam trabalhado em prol da eleição de Nabor, inclusive atraindo muitos partidários de Dinaldo para apoiarem o candidato à reeleição, no que foi visto por muitos admiradores de Dinaldo como se fosse uma traição ao ex-prefeito que sempre fizera oposição ao grupo Motta.

Agora, segundo se comenta, diante da informação de que Érico pretendia ser mais uma vez candidato a deputado estadual, o que não interessa ao grupo Motta que deve ter sua própria candidata a deputada estadual, seja Francisca, sua filha Ilana ou sua neta Olívia. Nabor estaria cortando os laços com o grupo de Érico Djan, inclusive descartando a participação de sua esposa Germana na administração municipal, a partir de 2025, com o anúncio de que o competente Pedro Leitão assumirá a secretaria que Germana ocupava enquanto seu nome não foi até agora citado para nenhum outro cargo.

Para os observadores da política local, Érico Djan e Germana, se tinham pretensões de concorrerem a futuros cargos políticos não deveriam nunca ter se passado para o grupo Motta e deram um passo em falso, em decorrência do qual podem ter um duplo prejuízo.

De um lado perderão uma parte dos eleitores que os acompanharam no apoio a Nabor e que podem ter gostado da vitória e se acomodarem nas hostes nabozistas. De outro lado perderão parte do eleitorado fiel a Dinaldo Wanderley, que não lhes perdoarão o que entendem como traição de terem aderido ao grupo Motta, votando e trabalhando para Nabor.

Além disto, o ex-deputado Érico Djan teve um desempenho decepcionante durante o exercício do mandato e nem sua atividade profissional como médico, que, não se pode negar, é respeitável, pode ser suficiente para lhe garantir outra eleição. Afinal, o trabalho coletivo dos outros profissionais pode, simplesmente, obscurecer o trabalho de um profissional isolado, diferentemente de quando a assistência médica pública era deficiente e a presença de alguns abnegados levava a um quase endeusamento dos profissionais que atendiam a tudo e a todos.

Vale ressaltar, inclusive, que a sua administração no hospital infantil foi objeto de muitas críticas, quando por lá passou, em que pese a sua dedicação quando agia como médico.

Diante deste quadro e diante da venalidade do eleitorado de um modo geral, Dr. Érico deve ter acumulado uma pequena fortuna para encarar mais uma candidatura a deputado estadual, a menos que se alie a um candidato a deputado federal disposto a financiar a sua campanha em troca de uma dobradinha de resultado imprevisível. Vale ressaltar que outros concorrentes certamente surgirão em Patos, atraídos pelos eleitores que pensam em escolher melhores representantes.