O mês de Setembro nem se encontra em sua metade e já agita o cenário político de nosso país, com mobilizações em todo o país e em grandes centros urbanos do Brasil

No dia 07 de Setembro, comemoramos o aniversário da independência de nosso país, porém a data não foi motivo de aplausos ou bolo de aniversário, e sim de grandes manifestações […]



No dia 07 de Setembro, comemoramos o aniversário da independência de nosso país, porém a data não foi motivo de aplausos ou bolo de aniversário, e sim de grandes manifestações pró e contra o governo Bolsonaro.

A tradicional mobilização do “grito dos excluídos” em sua 27° edição, foi organizada por movimentos sindicais e lutadores sociais, além de partidos como o PT, PSOL, UP e PC do B.

Em contrapartida, o presidente da República Jair Bolsonaro mobilizou seus simpatizantes com mobilização antidemocrática, ataques ao STF (Supremo Tribunal Federal), ao Ministro Alexandre de Moraes, STE (Supremo Tribunal Eleitoral) e seus opositores.

No dia 12, o Movimento Brasil Livre (MBL) e o Movimento “Vem pra Rua” articulou a manifestação a favor da democracia, que reuniu vários partidos de centro e centro esquerda, como o MDB, PDT, Cidadania, PSB entre outros. O movimento, porém, levantou muitos questionamentos nas redes sociais, o que nos faz pensar ou buscar respostas. Afinal, a esquerda está unida?! A maior parte tem o nome do ex presidente Lula como símbolo maior e força para derrotar Jair Bolsonaro nas eleições de 2022. A manifestação de hoje, dia 12, teve como principal pauta um Brasil que não quer a volta ao passado, nem o Brasil do desgoverno atual. O principal ator desse protesto foi o também candidato Ciro Gomes, que proferiu palavras ao povo presente na avenida Paulista, em São Paulo, epicentro da mobilização.

Para reflexão: a esquerda brasileira hoje compra a briga de Lula x Ciro e Ciro x Lula, onde deveria haver união entre os mesmos para um futuro de esperança. Deveria então aqueles que apoiam Ciro ou Lula se atacarem em redes sociais, segregando ainda mais o propósito maior, que é a oposição ao governo Bolsonaro?!.

Tiro no pé: o tradicional “Fora BOLSONARO” dividido entre várias faces da esquerda pode e deve fortalecer uma futura garantia do atual presidente ao 2° turno nas eleições de 2022.

Em um Brasil de fome, um pão dividido por 2 não sacia uma barriga vazia, da mesma forma, em um Brasil com uma classe política dependente do Governo Federal, seja ele incompetente, genocida ou não, uma esquerda (oposição) divididas, não conseguirá bons frutos a curto prazo, podendo levar a disputa presidencial a um nível de acirramento mais elevado.

O único perdedor será o povo brasileiro; ou a esquerda converge, ou o Brasil poderá sofrer grandes consequências ainda antes do processo eleitoral de 2022.

Samyr Xavier