
Na tarde ensolarada do sábado, dia 15 de fevereiro, centenas de pessoas se fizeram presente na praça central de Sapé, zona da mata paraibana, para render homenagens a Elizabeth Teixeira, que completou 100 anos no dia 13 de fevereiro, sendo um dos maiores símbolos vivos de luta e resistência pela reforma agrária e justiça social.
Mesmo debilitada em decorrência de toda uma vida de luta, perseguição, provações e limitações, além do peso da própria idade, Elisabeth fez uso da palavra e pediu reforma agrária no Brasil. O apelo foi feito na presença do Ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar do Brasil, Paulo Teixeira, e de outros representantes do Governo Federal.
O mesmo apelo foi reforçado por Jaime Amorim, representante do Movimento dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais Sem-Terra (MST) e pelo representante da Comissão Pastoral da Terra (CPT), dentre outras lideranças que lutam por reforma agrária e contra a violência no campo, que já tirou a vida de milhares de camponeses, incluindo o esposo de Elisabeth, João Pedro Teixeira.
O evento do dia 15 de fevereiro encerrou a sequência de atividades culturais que começaram no dia 13. O palco principal da solenidade ficou pequeno para receber netos, bisnetos, filhos, filhas e demais familiares da líder e de uma das fundadoras das Ligas Camponesas.
Jozivan Antero – Polêmica Patos