O ministro da Economia, Paulo Guedes, antecipou a sua saída do governo de Jair Bolsonaro ao iniciar suas férias nesta sexta-feira 16. Como o ex-capitão perdeu as eleições e o período de descanso de Guedes vai além de 31 de dezembro, o economista não retornará mais ao posto. A informação é do jornal Folha de S. Paulo.
Guedes, que foi chamado de ‘Posto Ipiranga’ e tratado como o superministro do governo, deixa para trás um legado de recordes negativos nos índices econômicos do País. Com ele, o Brasil tornou a patamares de inflação que não eram vistos desde a década de 1990. As taxas de desemprego também voltaram a níveis alarmantes durante os 4 anos de sua gestão. Guedes deixa ainda um legado de ampliação da desigualdade, acentuado ainda mais durante a pandemia.
O pior resultado do ministro, porém, é o retorno da fome ao País. Ao todo, ao fim da passagem de Guedes pelo Ministério da Economia, o Brasil registra 33 milhões de pessoas em situação de vulnerabilidade social em insegurança alimentar.
Em 2023, após não aceitar compor a equipe de Tarcísio de Freitas no governo de São Paulo, Guedes estará oficialmente desempregado. Por ter sido ministro, ele não poderá ocupar nenhum cargo na iniciativa privada relacionado ao setor econômico ou financeiro durante seis meses, por isso irá receber um salário de 31 mil reais nesta quarentena. Após o período, ele poderá retornar ao mercado.
Guedes deve cumprir o último compromisso oficial ainda nesta sexta – a agenda, porém, está vazia. Ao fim do dia, quando ele deve ter suas férias oficializadas no Diário Oficial da União, o comando do Ministério da Economia passa a ser de Marcelo Guaranys, braço direito do bolsonarista.
No novo governo de Lula, vale ainda mencionar, a pasta comandada por Guedes deixa de existir e será dividida em três: Fazenda; Planejamento, Orçamento e Gestão; e Indústria, Comércio Exterior e Serviços. A principal delas, da Fazenda, terá o comando de Fernando Haddad.
Getulio Xavier – Repórter do site de Carta Capital