“Infelizmente, a gente paga por gestores inescrupulosos”, diz Policial Rodoviário Federal

Os recentes episódios presenciados pelo povo brasileiro, principalmente no último domingo, dia 30 de outubro, quando da realização do segundo turno das eleições, por pouco não causaram um estrago maior […]



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Os recentes episódios presenciados pelo povo brasileiro, principalmente no último domingo, dia 30 de outubro, quando da realização do segundo turno das eleições, por pouco não causaram um estrago maior na credibilidade da Polícia Rodoviária Federal (PRF). A instituição completou 90 anos de relevantes serviços prestados na segurança das rodovias federais, mas a atuação nas eleições deixou a desejar.

Neste dia 1º de novembro de 2022, a Federação Nacional dos Policiais Rodoviários Federais (FenaPRF) lançou uma nota pública na qual reafirmou o compromisso com o Estado Democrático de Direito. “O resultado das eleições de 2022 expressa a vontade da maioria da população e deve ser respeitado. A postura do atual presidente da República, Jair Bolsonaro, em manter o silêncio e não reconhecer o resultado das urnas acaba dificultando a pacificação do país, estimulando uma parte de seus seguidores a adotarem ações de bloqueios nas estradas brasileiras…A Polícia Rodoviária Federal é um patrimônio da sociedade e seguirá firme na defesa da democracia, do respeito às leis e às decisões judiciais”, destaca a nota.

A reportagem fez contato com um PRF que disse: “Infelizmente, a gente paga por gestores inescrupulosos…a gestão atual foi totalmente cooptada pelo governo, mas não fala pela maioria dos Policiais Rodoviários Federais. A maioria se frustrou com o governo atual (Bolsonaro)…”.

O atual diretor geral da PRF, Silvinei Vasques, assumiu uma postura de cabo eleitoral da reeleição de Bolsonaro. Neste sentido, o diretor provocou uma série de contratempos e é apontado como mentor das operações que tentaram dificultar a chegada de eleitores aos seus locais de votação. No domingo das eleições, a PRF enfrentou críticas por determinar fiscalizações fora da normativa e foi destaque nacional por tais medidas que demonstraram, claramente, que o alvo maior era o Nordeste, local em que Lula tem maior aceitação.

Após as eleições, Silvinei Vasques também foi apontado por não tomar medidas em decorrência das interdições de rodovias em várias partes do Brasil. O Ministro do STF, Alexandre de Morais, falou em “omissão e inércia” da PRF e determinou multa de 100 mil reais por hora e até prisão por desobediência ao diretor da PRF.

Nesta terça-feira, dia 01, vários pontos de rodovias que estavam interditados por bolsonaristas raivosos foram desobstruídos com a ajuda da Polícia Militar e de agentes da própria PRF. Nesta quarta-feira (2), quase todos os locais já estavam com o tráfego normalizado.


Jozivan Antero – Polêmica Patos