Atendendo ao chamado para participar do 28º Grito dos Excluídos e Excluídas, dezenas de pessoas compareceram na manhã desta quarta-feira, dia 7 de setembro, na Praça Edivaldo Motta, centro de Patos, onde aconteceram apresentações culturais, denúncias do grave momento social vivido no país, além de referendar a força do povo brasileiro que resiste aos ataques aos seus direitos mais elementares por parte do governo Bolsonaro.
O 28º Grito dos Excluídos e Excluídas, que tem como tema: vida em primeiro lugar! Brasil: 200 anos de (in) dependência para quem?, foi organizado pelos movimentos sociais, pastorais da Igreja Católica e contou com o apoio de vários setores progressistas da cidade de Patos.
Logo no início das atividades, os presentes foram servidos com um café da manhã com frutas, sucos e massas. Após a alimentação foi a vez da apresentação cultural organizada pelo Movimento dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais Sem Terra (MST) que, ao som da poderosa música Pra Não Dizer que Não Falei das Flores, convidou a todos para refletirem sobre a vida, o trabalho e a luta cotidiana para ter dignidade em uma sociedade excludente.
O evento também teve a participação do regional com forró pé-de-serra do tradicional sanfoneiro Dedé de Helena. Ao som da música nordestina, o 28º Grito dos Excluídos e Excluídas mostrou resistência e abriu o microfone para que o povo presente pudesse se expressar sobre o momento. A cada fala, as lideranças sociais denunciaram o grave momento enfrentado pelo povo pobre que vem sofrendo mais ainda após o governo Bolsonaro que provoca fome, miséria e ataca a democracia de forma permanente.
Ao final do evento, o povo fez uma caminhada da Praça Edivaldo Mota até a Catedral de Nossa Senhora da Guia. Sobre o lastro de uma carroça de tração animal, o Padre Sebastião agradeceu aos presentes e disse que esse ato representa a força do povo e sua resistência diante dos desafios.
Atualmente no Brasil, 33 milhões de pessoas passam fome, mais de 110 milhões vivem com insegurança alimentar, quase 10 milhões de trabalhadores estão desempregados e o número de famílias em desespero econômico é um dos maiores da história e a inflação voltou a assustar diante da desvalorização da moeda do país.
Polêmica Patos
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