Em matéria especial no Jornal União, datada deste domingo, dia 17, a jornalista Beatriz de Alcantara trouxe dados bem preocupantes sobre a possibilidade de extinção da raça brasileira dos jumentos que, apenas entre 2019 e 2021, teve um volume de abate com aumento de 200%. Se comparado aos anos 2010 a 2014 com 2015 a 2019, o abate teve crescimento de 8.000%. Foram mais de 120 mil animais abatidos, de acordo com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA).
Os números de jumentos abatidos pode ser ainda maior, pois o MAPA leva em conta os dados oficiais e de abatedouros que estão registrados no sistema, mas os animais também são mortos de forma clandestina, por atropelamentos, doenças e até de forma maldosa. Os jumentos que já tiveram uma grande importância para a economia, principalmente na região nordeste, agora estão sendo na sua grande maioria abandonados.
O jumento é considerado um animal muito resistente e que se adapta a climas diferentes, como árido e seco ou mesmo em temperaturas mais frias. O animal é muito utilizado no transporte de carga, mas tem sido abatido para o uso do couro em países estrangeiros.
De acordo com levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a população animal teve uma queda de 40%. Em 2019, o número de jumentos, cavalos e burros abatidos foi de 33.090 e em 2021 chegou a 123.669.
Na Paraíba, apesar de não existirem abatedouros, o número de jumentos vem sendo observado que está diminuindo. Os animais podem estar sendo capturados e levados para abates em outras regiões.
A Polícia Rodoviária Federal (PRF), até o final de junho de 2022, fez a captura de mais de 1.440 animais pelas rodovias federais na Paraíba. Entre estes estão vários jumentos que são destinados aos currais municipais ou privados que abrigam e encaminham os animais para leilões ou outros destinos.
A União
Edição: Polêmica Patos