‘Quem recebe 400 reais de Auxílio Brasil não passa fome’, diz Flávio Bolsonaro

Em entrevista à CNN Brasil, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho do presidente Jair Bolsonaro (PL), disse que “quem recebe R$400 por mês de Auxílio Brasil pode ter dificuldade, mas […]



Em entrevista à CNN Brasil, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho do presidente Jair Bolsonaro (PL), disse que “quem recebe R$400 por mês de Auxílio Brasil pode ter dificuldade, mas fome não passa”.

Ainda segundo o senador, os brasileiros estariam passando dificuldades por “talvez” não participarem dos programas sociais oferecidos pelo governo.

Na mesma entrevista, Flávio defendeu o governo do seu pai, Jair Bolsonaro, e disse que o presidente está fazendo tudo que está “ao alcance dele” e que até “zerou os impostos federais” sobre alguns alimentos.

“Quem recebe 400 reais por mês de Auxílio Brasil pode ter dificuldade, mas fome não passa. O presidente Bolsonaro zerou os impostos federais sobre arroz, feijão, zerou impostos de importação sobre os derivados do petróleo…”Senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ)

O parlamentar ressaltou que, segundo os cálculos da equipe econômica do governo, o reajuste do Auxílio Brasil é possível.

Porém, é necessário ver “quanto o Estado aguenta” e ver até que ponto o benefício não vai “desestimular a pessoa a buscar emprego formal”.

Uma pesquisa do Instituto Datafolha, divulgada no dia 30 de maio pela Folha de São Paulo, revela que a maioria dos brasileiros que recebem o Auxílio Brasil acha o valor insuficiente.

Entre as pessoas que recebem o benefício e aprovam o governo de Jair Bolsonaro (PL), 56% acreditam que o valor seja menos que suficiente.

Se olharmos para os eleitores que reprovam o governo de Jair Bolsonaro, o número de beneficiários que vê o valor como insuficiente sobe para 76%.

A pesquisa ainda mostra que 67% dos eleitores do atual presidente dizem que o Auxílio Brasil não tem influência na decisão sobre o voto.

Pesquisa diz que 33,1 milhões de brasileiros passam fome

O levantamento foi feito pela Vigisan (Inquérito Nacional Sobre Segurança Alimentar no Contexto da Pandemia de Covid-19 no Brasil) e revelou que 33,1 milhões de pessoas passam fome no Brasil.

O número corresponde a 15,5% da população do país e mostra um aumento em relação à última pesquisa do tipo que apontou que 9,1% dos brasileiros passavam fome em 2020.

A pesquisa ainda mostra que o número de brasileiros preocupados com a possibilidade de não ter alimento no futuro ou passando fome é de 125,2 milhões.

Os números revelam que 18,6% dos brasileiros convivem com a insegurança alimentar grave e que 60% desse grupo está no campo.

As famílias mais atingidas pela fome são as chefiadas por mulheres e as famílias negras.


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