Em Patos, servidor do INSS mostra dura realidade enfrentada pelo órgão e que prejudica milhões de pessoas

A greve dos servidores públicos do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) entrou para os seus 30 dias e pode ser definida na tarde desta terça-feira, dia 26, durante uma […]



A greve dos servidores públicos do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) entrou para os seus 30 dias e pode ser definida na tarde desta terça-feira, dia 26, durante uma reunião com representantes dos trabalhadores e do Governo Federal. O encontro será em Brasília (DF) e pode haver acordo diante das pautas apresentadas pelos servidores do órgão.

Na manhã desta terça-feira, a reportagem do Polêmica esteve na agência do INSS da cidade de Patos. O órgão é responsável pelo atendimento de cidadãos de diversos municípios do sertão e vem enfrentando problemas de infraestrutura, falta de servidores públicos, lentidão no sistema de internet e alta demanda de solicitações por benefícios.

Francisco de Sousa, funcionário do INSS, disse que existe uma carência de mais de 20.000 servidores públicos para o órgão e o Governo Federal não realiza concurso para preenchimento de vagas. Ele relatou que os servidores do INSS também estão sem reajuste salarial há mais de 6 anos e tem presenciado uma queda brusca no poder de compra. Francisco observou que são mais de um milhão de cidadãos aguardando análise de pedidos de benefícios, mas que, por carência de funcionários, estão sendo prejudicados no momento em que mais precisam de ajuda.

Francisco fez questão de destacar que a greve não se dá apenas pela luta por salário digno e reajuste, mas sim pela melhoria da estrutura e da infraestrutura do INSS para atender melhor ao povo. O servidor também destacou uma luta histórica para que ocorra a transformação da carreira para ser típica de estado, evitando assim o enfraquecimento da categoria. Francisco lamentou que o Governo Federal tenha descontado recursos dos contracheques e isso mostra a truculência e o desrespeito ao direito de greve.

O gerente do INSS/Agência Patos, Alberto Simplício, comentou que a agência voltou a funcionar de forma parcial e os servidores estão em “estado de greve”. A perícia médica ainda está em greve. Alberto relatou que a greve em andamento não diz respeito apenas aos servidores públicos, mas também ao próprio povo que está sendo prejudicado com a precariedade dos serviços ofertados.


Jozivan Antero – Polêmica Patos

Ouça entrevista com Francisco de Sousa e Alberto Simplício: