Estados Unidos alerta para possível golpe de Bolsonaro em outubro 

O governo do presidente americano Joe Biden distribuiu artigo alertando para a possibilidade de golpe do presidente Jair Bolsonaro (PL), segundo informações divulgadas pela revista “Veja” nesta segunda-feira (9). O […]



O governo do presidente americano Joe Biden distribuiu artigo alertando para a possibilidade de golpe do presidente Jair Bolsonaro (PL), segundo informações divulgadas pela revista “Veja” nesta segunda-feira (9). O texto defende que o governo norte-americano alerte o brasileiro sobre consequências diplomáticas e sanções comerciais caso não aceite o resultado do pleito.

De acordo com a publicação, o departamento de Estado americano deu aval ao alerta do ex-diplomata Scott Hamilton, publicado no dia 29 de abril no jornal “O Globo“, de que Bolsonaro pode tentar uma ruptura institucional caso perca as eleições que serão realizadas em outubro.

CIA pediu que Bolsonaro pare de questionar as urnas

Na semana passada, a agência de notícias Reuters informou que o diretor da Agência Central de Inteligência dos Estados Unidos (CIA) disse a autoridades de alto escalão do Brasil que o presidente Jair Bolsonaro deveria parar de questionar o sistema eleitoral do país.

Os comentários do diretor da agência, William Burns, que ainda não haviam sido levados a público, foram feitos em uma reunião a portas fechadas em julho, segundo duas pessoas com conhecimento do assunto. Burns era, e continua sendo, a autoridade de maior escalão dos EUA a se reunir em Brasília com o governo Bolsonaro desde a eleição do presidente norte-americano, Joe Biden.

Bolsonaro tem lançado dúvidas sobre a lisura do processo eleitoral e, em discurso no Palácio do Planalto, em Brasília, chegou a sugerir que as Forças Armadas façam uma “contagem paralela” de votos nas eleições. Na semana passada, ele também anunciou que pediu ao seu partido para contratar uma empresa externa para fazer auditoria do processo eleitoral.

Segundo a revista, cópias do artigo de Hamilton foram distribuídas por diplomatas americanos a executivos de multinacionais com negócios no Brasil. Um deles teria, inclusive, dito que compreendeu o recado dos EUA e que a possível contestação de Bolsonaro, aos moldes do que Donald Trump fez nas eleições americanas, tornaria o Brasil “numa nova Rússia, com os investidores fugindo às pressas para evitar sofrerem sanções“.

O presidente brasileiro e o general Augusto Heleno, ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), negaram que o alerta tenha ocorrido.

Em live, o general Heleno disse que a notícia tentou criar uma narrativa. “Lógico que as conversas sobre área de inteligência que nós tivemos foram extremamente positivas e interessantes”, falou.

Essa conversa sobre eleições jamais aconteceu. Não sei de onde ele buscou essa narrativa. Não houve nenhuma troca de ideias sobre eleições nem nos Estados Unidos e nem aqui”, afirmou.

Logo depois, foi a vez de Bolsonaro dizer que tudo não passa de uma “mentira”. “Talvez queiram criar uma narrativa plantada fora do Brasil”.


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