Morando em um casebre com suas duas filhas na Travessa Severina da Costa, na comunidade conhecida por Cabeça do Porco, próximo da linha férrea, em Patos, a senhora Maria José Martins de Araújo, de 39 anos, se mostra esgotada diante dos desafios e os cuidados permanentes diante da doença da sua filha, pequena Clara Mabely, de 1 ano e 6 meses.
Clara Mabely tem dermatite atópica e a doença se manifestou quando a garotinha estava com apenas um ano de idade. O esposo de Maria José trabalha como tratorista em Minas Gerais em uma fazenda com produção de laranja. O pai tem enviado dinheiro para o sustento da esposa e das duas filhas, mas os recursos são poucos para manter as despesas do lar e a medicação de Clara.
A reportagem do Polêmica esteve na residência da família e conversou com a mãe e com os demais familiares que moram nas imediações. A pequena Clara Mabely tem coceiras intermitentes e usa medicações permanentemente para aliviar o sofrimento. Pomada a base de hidrocortisona, xaropes e o dicloridrato de hidroxizina é a medicação usada para a doença que só deve ser vencida quando a criança se tornar uma adolescente. A menina também tem alergia a ovo, trigo e leite. Isso encarece a alimentação da família que já tem limitações nutricionais em decorrência dos poucos recursos financeiros disponíveis.
A garotinha foi consultada no Centro de Especialidades Frei Damião, órgão da Secretaria de Saúde do Município de Patos. O médico dermatologista Dr. Lívio Egito tem dado a assistência ao caso que quando se agrava a menina tem crises profundas e entra em sofrimento, levando a mãe ao desespero também.
A pomada que a garotinha usa dura em média três dias e não é fornecida pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A família pobre tem poucos móveis e eletrodomésticos, pois teve que vender para custear o tratamento anteriormente.
A família tem o básico dos básicos em uma residência e busca ajuda para a medicação de uso contínuo. Nos últimos anos, o SUS vem sendo sucateado e as famílias pobres têm sofrido ainda mais com o desmonte do sistema que é referência mundial, porém, já não atende como se deveria e carece de ampliação para suprir casos como o da pequena Clara Mabely, pois nenhuma medicação é disponibilizada pelos programas do sistema.
A senhora Maria José disponibilizou o número telefônico (83) 9 9642 5080 para contato.
Jozivan Antero – Polêmica Patos