Uma empresa de Campina Grande venceu a licitação para a destinação do lixo coletado no município de Patos. O anúncio foi feito pelo prefeito da cidade Nabor Wanderley a equipe de reportagem da TV Sol durante entrevista nesse sábado (19).
A empresa Ecosolo Gestão Ambiental de Resíduos LTDA será responsável pela destinação final dos resíduos sólidos urbanos produzidos no município. Já o transporte até o aterro sanitário, localizado na região de Campina Grande, será feito pela empresa M Construção e Serviços LTDA, do Rio Grande do Norte, vencedora do pregão para realizar o serviço do transporte.
A questão do lixão de Patos e a desativação do local é discutida há mais de 15 anos na cidade. De acordo com o prefeito duas empresas participaram da licitação e a empresa Ecosolo venceu após apresentar o preço de R$43,63 por tonelada. Já o valor do transporte ficou R$ 93,55 por tonelada. A previsão é de cerca de 2 mil toneladas de lixo por mês.
Com o prazo de 30 dias concedido pelo Ministério Público da Paraíba para a Prefeitura de Patos apresentar uma data para o fechamento definitivo do lixão, o prefeito Nabor disse que esse período de um mês foi um pedido do gestor para concluir todas as etapas para iniciar a nova operação do lixo na cidade.
“Fizemos a licitação agora dia 17 do aterro sanitário, do veículo para transportar o lixo e pedimos mais 30 dias para que a gente pudesse fazer a estação de transbordo, que é o que está faltando para que a gente possa tirar o lixo daqui. Dentro desses 30 dias eu já quero que esteja tudo pronto. Eu quero e vamos nos dedicar para que dentro desse prazo eu possa estar encerrando de uma vez por todas o nosso lixão. Travando o nosso lixão para que ali ninguém coloque mais lixo e depois a gente já possa começar um trabalho de recuperação daquela área”, pontuou Nabor.
O prefeito explica como vai funcionar o transporte do lixo de Patos para o aterro sanitário em Campina Grande e destaca o custo mensal de mais de R$ 300 mil reais com a operação e logística.
“Nós vamos levar o nosso lixo para Campina Grande. Carretas estarão diariamente dando duas ou três viagens levando o lixo da nossa cidade. Uma média duas mil toneladas de lixo, ou seja, dois milhões de kg de lixo que nós temos que transportar de Patos pra lá. Vai ser um custo alto para município. Teremos aí uma despesa de mais de R$ 300 mil reais por mês só com a retirada desse lixo daqui, mas que precisa ser feito. Vamos ter que readequar as finanças públicas para que a gente possa atender essa determinação que é não só do Ministério Público em acabar com os lixões, mas é também uma questão ambiental e que precisa ser resolvida”.
Questionado sobre se houve a participação no processo licitatório de empresas localizadas em municípios mais próximos a Patos, o gestor foi enfático ao dizer que na região não existe “nenhuma empresa que tenha capacidade de receber o lixo de Patos”.
“Infelizmente nós não temos aqui nenhuma empresa que tenha capacidade de receber o lixo de Patos. Nós abrimos uma licitação para que qualquer aterro sanitário em um raio de 200 km pudesse participar . Apareceu acho que duas empresas, uma de Sousa e a de Campina Grande. Só que Sousa não tem capacidade para receber o lixo daqui, toda essa quantidade de lixo e aí vendeu a de Campina Grande e vamos ter que levar o lixo pra lá. Aumenta o custo, porque é um pouco mais distante, mas é a única maneira que nós temos de resolver esse problema de uma vez por todas até que a gente tenha condições de um aterro sanitário em Patos ou mais próximo de Patos”, finalizou.
O processo licitatório realizado pela Prefeitura tem contrato de 12 meses no valor de R$ 1.047.120,00 com a empresa Ecosolo Gestão Ambiental e 2.245.200,00 com a M Construção e Serviços, totalizando R$ 3.292.320,00.
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