Funcionários do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), órgão da Secretaria de Saúde do Município de Patos, vez por outra se queixam de agressões, xingamentos e até depredação das ambulâncias em algumas ocasiões durante ocorrências ou mesmo antes delas.
Fatos de pedradas em ambulâncias, ameaças verbais e até tentativas de agressões físicas já foram registradas, mas vem se intensificando ao ponto de gerar insegurança para os profissionais que trabalham 24 horas por dia e de forma ininterrupta nos casos de urgência e emergência de saúde.
Na madrugada desta segunda-feira, dia 07, por volta das 02h00, um homem foi até a base do SAMU, localizada na Avenida Lima Campos, Bairro São Sebastião, em Patos, e se identificou como sendo membro de uma facção criminosa. Ele disse que estava ligando para o número de emergência 192, mas não estava conseguindo atendimento para a solicitação de equipe de socorro do SAMU.
O homem disse que “o seu parceiro estava passando mal e queria uma ambulância na casa”. O vigilante do SAMU relatou que o homem falou que se não fosse iria “metralhar” o SAMU. Alguns minutos depois, uma mulher conseguiu a ligação e a equipe foi até o local indicado pelo suposto membro da facção criminosa. O jovem atendido estava com os sinais vitais todos preservados, porém, diante da pressão, ele foi levado para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA).
De acordo com relatos, essa é a terceira vez que casos semelhantes acontecem, mas é a primeira vez que usam o nome de facção criminosa para amedrontar os funcionários do SAMU/Patos.
A diretora do SAMU/Patos, Elba Medeiros, relatou que o caso será levado ao conhecimento do secretário de Saúde do Município de Patos e que medidas de segurança serão tomadas. O fato também poderá ser levado a Delegacia de Polícia Civil, pois existem as gravações de todos os registros de ligações realizadas, endereço do atendimento e câmeras de segurança que confirmam os fatos.
Funcionários do SAMU se queixam de grande demanda de ocorrências. As equipes só deveriam sair da base diante de urgência e emergência, porém, mesmo questões simples de saúde, ambulâncias são acionadas e quando o médico regulador nega o envio de equipe, alguns usuários xingam, ameaçam e levam o caso aos meios de comunicação, redes sociais e isso gera desgaste ao órgão. Outro problema é o congestionamento da linha 192 e inúmeras questões que têm levado os funcionários aos seus limites de seres humanos e as ambulâncias ao limite de máquinas que também se desgastam.
Jozivan Antero – Polêmica Patos