“A gente não está em greve! Não vamos é se humilhar tirando extra e queremos respeito”, relata Policial Militar na cidade de Patos

Diante das manifestações para pressionar o Governo do Estado da Paraíba em relação à reforma previdenciária, por reajuste salarial e pelo retorno do subsídio da categoria da Polícia Militar, alguns […]



Diante das manifestações para pressionar o Governo do Estado da Paraíba em relação à reforma previdenciária, por reajuste salarial e pelo retorno do subsídio da categoria da Polícia Militar, alguns militares estão buscando chamar a atenção do Governador João Azevedo para algumas questões pontuais.

Na tarde desta segunda-feira, dia 27, após as manifestações que reuniu vários pré-candidatos políticos, militares e familiares, em Patos, a reportagem foi contatada por um policial militar relatando pontos necessários para subsidiar as negociações que estão para acontecer no próximo dia 04 de janeiro de 2022. A reunião será com o Governador João Azevedo e representantes de associações da categoria da polícia militar.

“Gostaria de ter a oportunidade de falar com o Governador, pois eu, como vários policiais, não temos confiança nestes representantes das associações. Tem políticos também querendo tirar vantagens, mas nós estamos no limite e buscamos melhorar a nossa situação. A gente não está em greve! Não vamos é se humilhar tirando extra e queremos respeito! O Governo tá pisando na bola conosco. Tirou nosso subsídio, pois em prática o desconto do PBPrev há dois anos atrás. Se eu me aposentar hoje perco R$ 484,00 e mais 130,00 de gratificação do COI e se for motorista perde 200,00. Governador nem colocou os motoristas para fazer o curso, estão todos dirigindo irregular. Esse governo tá mal assessorado! Ele prometeu o subsídio e até agora nada”, relatou o Pm que pediu para não ser identificado.

O policial militar relatou que, após a reforma da previdência, quem se aposenta perde grande parte do vencimento de hoje e vai passar dificuldades. A situação é muito difícil para a polícia. Também houve queixa sobre o atual Comandante Geral da Polícai Militar que vem ocupando o cargo desde o Governador Ricardo Coutinho. Para o pm, o comandante não corresponde mais ao cargo e se acomodou em meio às vantagens através da política.

Em meio aos problemas, o quadro de funcionalismo da Polícia Militar tem déficit de quase 10.000 servidores públicos. Para suprir a carência, o trabalho extra tem sido uma das saídas do Governo, porém, os pms também reclamam dos valores pagos e se recusam a tirar.

O pm teme problemas nas manifestações que estão acontecendo, pois alguns políticos que buscam liderar não tem sensatez e podem levar os manifestantes a atos mais radicais e categoria armada é muito perigosa em meio aos problemas.


Jozivan Antero – Polêmica Patos