“Estamos proibidos de tomar vacina contra a COVID 19 nos postos de saúde e tem poucas doses para as forças de segurança”, desabafa Policial Militar em Patos

A hierarquia e o militarismo impõe aos Policiais Militares regras duras na disciplina que acaba privando a categoria até da liberdade de expressão gozada parcialmente na sociedade democrática. Até a […]



A hierarquia e o militarismo impõe aos Policiais Militares regras duras na disciplina que acaba privando a categoria até da liberdade de expressão gozada parcialmente na sociedade democrática. Até a reclamação pode ser punida por insubordinação, porém, alguns policiais estão usando do sigilo da fonte ao jornalismo para reclamar de uma situação vivenciada na vacinação contra a COVID 19.

De acordo com o Policial Militar, as doses das vacinas destinadas às forças de segurança são pouquíssimas. Esse fato está causando preocupação em decorrência da contaminação pela COVID 19 que tem levado à morte de muitos colegas acometidos pela doença traiçoeira.

“Estamos proibidos de tomar vacina contra a COVID 19 nos postos de saúde e tem poucas doses para as forças de segurança. Até agora foi vacinado um grupo pequeno da Rádio Patrulha e alguns do serviço burocrático. Nós que estamos no dia a dia, no meio da rua, acompanhando até a força tarefa e fazendo escolta da própria vacina que chega a Patos, ainda não tomamos vacina. Eu já passei dos 50 e até agora nada de vacina. Para piorar, estamos proibidos de tomar a vacina junto com os que estão tomando nas unidades de saúde. É uma angústia e não podemos nem reclamar”, relatou o Policial Militar.

A reportagem do Polêmica fez contato com o Coronel Saulo Laurentino, membro da coordenação da vacinação no sertão da paraibano. Ele esclareceu que o percentual de doses da vacina é estabelecido pelo Ministério da Saúde. As doses que chegam à Paraíba obedecem o critério de, por exemplo, de cada 100 doses, 06 são da segurança. Essas doses são destinadas a Polícia Rodoviária, Polícia Pena, Polícia Militar, Bombeiros, dentre outras forças de segurança. O Coronel Saulo disse ainda que cada força estabelece sua prioridade e aqueles que têm comorbidades e estão afastados podem tomar sua vacina na saúde pública, mas que o critério daqueles da ativa são de cada força. A sugestão e orientação é que aqueles da linha de frente tenham prioridade na vacinação.


Jozivan Antero – Polêmica Patos


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