Durante vigília, pai de bebê diz que sua esposa tem sequelas da violência obstétrica sofrida na Maternidade Dr. Peregrino Filho, em Patos

Familiares da jovem Cristiane Pereira da Silva, de 29 anos, que teve seu primeiro filho no último domingo, dia 08 de agosto, estiveram presentes na manhã deste sábado, dia 14, […]



Vigília contra a violência obstétrica
Vigília contra a violência obstétrica

Familiares da jovem Cristiane Pereira da Silva, de 29 anos, que teve seu primeiro filho no último domingo, dia 08 de agosto, estiveram presentes na manhã deste sábado, dia 14, participando da vigília que denunciou a prática de violência obstétrica na  Maternidade Dr. Peregrino Filho, em Patos.

A vigília foi organizada pelo Movimento de Mulheres Olga Benário, pelo coletivo Apoena Sertaneja, pela União Brasileira de Mulheres (UBM) e contou com o apoio do Conselho Municipal dos Direitos das Mulheres e do gabinete parlamentar do vereador sindicalista José Gonçalves (PT).

Os presentes exibiram faixas escritas: “Não às mortes e maus-tratos na maternidade de Patos”; “Respeito e humanidade faz toda diferença” e “Por uma maternidade humana”. O ato foi silencioso e chamou a atenção dos cidadãos que passavam na localidade.

Na próxima semana, panfletos sobre o tema da violência obstétrica serão entregues no centro de Patos, acontecerão ações na Câmara Municipal de Patos e atividades de conscientização sobre os fatos relatados por mulheres que sofreram problemas na Maternidade Dr. Peregrino Filho.

O músico Joel Wanderley da Nóbrega, esposo de Cristiane Pereira, concedeu entrevista para a TV Sol e falou sobre o caso de sua esposa que ainda está com sequelas físicas e mentais diante da violência obstétrica que sofreu durante os momentos que passou na maternidade para ter seu primeiro filho. Joel disse que sua esposa não está produzindo leite para o bebé em decorrência do parto traumático.

Gerlúzia Vieira, falando em nome do Movimento de Mulheres Olga Benário, comentou que os relatos de violência obstétrica não são recentes e outros problemas graves e de maus-tratos, incluindo a forma de falar com as mulheres grávidas, vêm sendo registrados ao longo de alguns anos. 

José Gonçalves, único vereador presente na vigília, reafirmou que o mandato tem que estar presente em todas as lutas que exijam respeito, dignidade e humanismo. O parlamentar disse que os casos de violência obstétrica serão levados para a Câmara Municipal de Patos e para às ruas.


Jozivan Antero – Polêmica Patos