Suspeito da morte de farmacêutica se identifica como militar reformado do Exército

Na delegacia, Lúcio Ramay afirmou ser lotado no 31º Batalhão de Infantaria Motorizado de Campina Grande.



Foto: Reprodução
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O principal suspeito pela morte da farmacêutica Arlanza Jéssica dos Santos Ramalho se apresentou como militar reformado do Exército Brasileiro. Lúcio Ramay Oliveira Freitas, de 44 anos, preso em flagrante na cidade de Santa Luzia, enquanto tentava fugir na manhã deste sábado (22), horas depois do assassinato de Arlanza Jéssica em seu apartamento, localizado no Novo Horizonte.

Na delegacia, Lúcio Ramay afirmou ser sargento reformado do Exército, lotado no 31º Batalhão de Infantaria Motorizado de Campina Grande. O delegado Claudionor, da Delegacia de Homicídios e Entorpecentes (DHE), informou que a polícia irá confirmar essa informação junto ao Comando do Exército, verificando seus antecedentes e possível histórico de violência.

“Ainda vamos fazer todo esse levantamento sobre ele e entrar em contato com o Comando do Exército. Ele informava que era do 31º Batalhão de Campina Grande. Vamos verificar com o pessoal de lá para ver se há alguma informação no RH sobre esse cidadão”, finalizou.

Dinâmica do crime

Segundo amigas da vítima, o casal estava junto há poucos meses, mantendo contato apenas por mensagens no WhatsApp. Na sexta-feira (21), Lúcio chegou a Patos e saiu com Jéssica para um espetinho próximo à antiga Campal. Por volta das 21h, retornaram ao apartamento, onde o crime ocorreu. A vítima foi assassinada com golpes de tesoura.

A prisão do suspeito ocorreu após um chamado de populares que estavam em um posto de combustíveis na zona rural de Santa Luzia, às margens da BR-230. Segundo as informações, um homem havia chegado ao local alegando problemas mecânicos em seu carro e relatava ter sido sequestrado no apartamento da namorada. Diante de uma versão contraditória, Lúcio Ramay foi autuado em flagrante por feminicídio.

Em 2024, 25 mulheres foram assassinadas na Paraíba, simplesmente, por serem mulheres. De acordo com os dados do Ministério da Justiça e Segurança Pública, cerca de duas mulheres foram vítimas de feminicídio por mês no estado. Conforme o levantamento do Núcleo de Dados da Rede Paraíba de Comunicação, a maioria dos crimes foi cometido por homens que mantinham ou mantiveram algum tipo de relacionamento com a vítima.