Em Patos, especialistas em saúde mental falam sobre a lei que determina a proibição do celular em salas de aula de todo o Brasil

O projeto de lei que regulamenta a utilização de aparelhos eletrônicos portáteis, incluindo celulares, por estudantes nos estabelecimentos de ensino público e privado da educação básica foi sancionado pelo presidente […]



O projeto de lei que regulamenta a utilização de aparelhos eletrônicos portáteis, incluindo celulares, por estudantes nos estabelecimentos de ensino público e privado da educação básica foi sancionado pelo presidente Lula (PT). A partir desta segunda-feira, dia 13 de janeiro, a Lei 15.100/2025 está em vigor.

A jornalista Wânia Nóbrega, da Rádio Espinharas FM, buscou a opinião de especialistas em saúde mental. Entre os que se posicionaram sobre o assunto estão o psicanalista e professor Francisco Almeida, a psicóloga Dayse Dias e a psicopedagoga Elisângela Torres.

De forma unânime, os especialistas aprovaram a medida e teceram comentários sobre os males para os estudantes causados pelo celular usado em sala de aula, os problemas enfrentados pelos próprios professores que buscam concentração dos estudantes, além de fatores que geram ansiedade e desinteresse pela sala de aula em decorrência do celular interligado em redes sociais e outros meios de internet.

Francisco Almeida disse que o tema não é novo, pois vem sendo discutido há vários anos e é um dos mais sérios em sala de aula. O psicanalista relatou que existe um comprometimento cognitivo dos estudantes que não se concentram na aula. Outros fatores, tais como brincadeiras de mau gosto com uso de celulares, e inúmeros problemas.

Dayse Dias comentou que a legislação não proíbe, na totalidade, o uso do celular e é liberado quando utilizado nas questões da própria aula. A psicóloga também alertou que as escolas devem trabalhar os fatores de saúde mental em decorrência da dependência desses aparelhos. Ela destacou que é preciso reeducar sobre o uso excessivo do celular. 

Elisângela Torres afirmou que a decisão do Governo foi certeira na proibição. A psicopedagoga lembrou a questão da liberação da dopamina no cérebro, que é ativada ao ter prazer ao ver vídeos na internet. Ela disse que as crianças, jovens e adultos estão cada vez mais ansiosos e o uso de telas tem uma contribuição neste momento.

Ouça os relatos dos especialistas:

Jozivan Antero – Polêmica Patos